
Remontando uma época em que a o trem a vapor era o transporte mais rápido e moderno, capaz de interligar os principais pontos da cidade, a réplica da Estação será um espaço cultural de visitação. A estrutura abrigará um pequeno acervo, aonde antes era a bilheteria, contendo algumas peças referentes à ferrovia. Estes objetos ainda estão sendo escolhidos pela Fundação Municipal de Cultura e Lazer, responsável pela construção da réplica.
O símbolo arquitetônico será representado por uma maquete, onde aparecerá o trem percorrendo algumas casas de fazenda, sonorização e iluminação pontual. Também haverá textos contando a história e a importância da Estação da Freguesia, que foi construída no final do século XIX.
As obras começaram no final de 2008. Segundo a arquiteta da Fundação Cultural, Mariana Barcellos, foram utilizados materiais contemporâneos para execução da fundação, da alvenaria e de parte da estrutura, como concreto, blocos de concreto e tijolos. Toda estrutura aparente foi refeita com trilhos antigos, que foram dobrados para ficarem com o efeito original. “Existe um fragmento desta estrutura no local, que ficará protegido por uma caixa de vidro, evidenciando o marco pertencente à primeira Estação”, destacou.
A estrutura arquitetônica não perde nenhum detalhe nesta viagem ao passado. “Os lambrequins e as rendas foram reproduzidos conforme aparece em fotografias da época, assim como o telhado com suas telhas em zinco ondulado”, afirmou, ressaltando, também, que os trilhos já estão instalados sobre dormentes e pedras britas.
História — Construída ao lado do Sobradinho, a Estação da Freguesia serviu para interligar os 40km de via férrea que passava pelas fazendas locais e pela Cia Engenho Central de Quissamã, a área central do então distrito de Macaé — onde estavam o comércio, as instituições públicas e a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Desterro.
A Estação entrou em funcionamento após a inauguração do Engenho Central, com a locomotiva a vapor escoando a produção canavieira proveniente das principais fazendas quissamaenses. Porém, perdeu sua função em meados da década de 30, não resistindo à concorrência crescente e ao avanço tecnológico, no início do século XX."
Fotografia de Genilson Pessanha, do site www.quissama.rj.gov.br
4 comentários:
Se todos os municípios tivessem um pensamento de preservação do seu patrimônio, histórico e cultural, seria uma maravilha. Mas a realidade é outra, né!
Abraços, Larry.
Larry,
Lamento que seja outra, talvez por falta de educação patrimonial e de seriedade por parte dos gestores.
Veja que o caso de Quissamã, é tipicamente, um caso de que políticas públicas bem embasadas e bem planejadas, são bem sucedidas.
Muito show Angeline
A cultura sempre prcisa ser destacada, e preservada. Eu adoro quando vejo estação, trens, e fotos antigas desses monumentos de nossa história.
Abraços
Adalberto Day cientista sociela em Blumenau SC
Beto,
Nossa região tem muitas estações de trem e são um ponto a ser observado por várias cidades.
Agora, gostaria de destacar que o caso Quissamã é modelo em todo o Estado do Rj.
Foi bem planejado, bem estruturado, com planejamento de todos os tipos, inclusive um excelente plano de marketing.
O sucesso e os resultados estão aí!
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