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domingo, 12 de julho de 2009

"Bem-vindo ao Rio"

A elaboração de um Plano Fluminense de Turismo e a criação de uma Zona Franca do setor poderão fazer com que as visitas ao Cristo Redentor, às praias da região dos Lagos e ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos aumentem.
Conjunto de ações demonstra interesse em descentralizar as políticas voltadas para o turismo
Fernanda Porto, Marcela Maciel e Constança Rezende
Administrar o turismo no estado do Rio de forma planejada, com metas e políticas voltadas para o fomento do setor também no interior tem sido a luta abraçada pela Alerj durante o primeiro semestre deste ano. Com constantes audiências da Comissão de Turismo da Casa, em parceria com o Poder Executivo, o Parlamento tem debatido os planos do Governo e aprovado importantes leis para o desenvolvimento do setor nos municípios fluminenses. Sancionada no dia 23, a Lei 5.489/09 é um exemplo das ações legislativas que têm sido tomadas para impulsionar o turismo. Através da norma, o estado ganhou um Plano Fluminense de Turismo que vai definir e orientar os projetos para a área. O objetivo do plano é ampliar o mercado de trabalho e a geração de renda por meio do aumento do fluxo turístico, diversificar os equipamentos e serviços, aproveitar o potencial turístico dos recursos naturais e culturais e estimular programas de capacitação profissional para o setor e a municipalização do turismo, dentre outras ações.
Dep. Glauco Lopes
Segundo o texto, a formulação e coordenação do plano serão competências da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Lazer, que deverá pôr a política em prática de forma descentralizada, com a participação dos municípios e da iniciativa privada. Autores da norma, os deputados Glauco Lopes (PSDB) e Marco Figueiredo (PSC) dizem ser fundamental investir no setor. “É preciso focar na ampliação dos postos de trabalho e na estrutura do turismo, que tem um potencial infinito no nosso estado, com uma exploração ainda aquém das nossas capacidades”, explica Figueiredo. “O plano é uma lei de grande importância para o desenvolvimento turístico, pois será possível identificar as potencialidades de cada município e trabalhar em cima destas especificidades para alavancar o turismo regional como atividade geradora de emprego e renda”, classifica Lopes, que é vice-presidente da Comissão de Turismo.
Dep. Marco Figueiredo
Outra importante norma sancionada também em junho é a Lei 5.481/09 que cria o Programa Estadual de Vias Verdes, destinado ao fomento do turismo ecológico e rural à margem de vias férreas em desuso, cursos d’água, represas e estradas vicinais em sítios de expressivo interesse turístico, cultural, histórico, ambiental e de lazer. O deputado Marco Figueiredo, que também é autor desta lei, explica que as vias verdes são excelentes alternativas de turismo porque geram recursos e agregam valor aos pacotes. “O programa tem como objetivo o desenvolvimento de roteiros e a reativação social e econômica da região em que se localizarem as trilhas previamente definidas. Além disso, esperamos incentivar investimentos em infraestrutura e a criação de postos de trabalho, agregando atrativos como caminhada, cicloturismo, passeio a cavalo, eventos culturais e artísticos. Para que tudo funcione bem, ainda deverão ser disponibilizados serviços de alojamento, alimentação e artesanato, entre outros”, destaca.
Ainda segundo o deputado, a norma almeja recuperar antigos traçados, equipamentos ferroviários e trilhas que permitam o uso alternativo de caráter ambiental, reforçando sua vocação para o lazer e o contato direto do turista com a natureza. “Isto vai colaborar com as políticas regionais e locais de desenvolvimento e geração de postos de trabalho, além de visar ao fomento rural e à implantação de novas e atraentes modalidades de turismo”, acredita Figueiredo. Além destas normas, a Casa já aprovou a criação de uma Zona Franca de Turismo (ZFT) no estado. Criada pelo deputado Alair Corrêa (PMDB, foto à esquerda), a proposta defende a aprovação de uma medida que se antecipe à demanda e possa auxiliar os municípios pequenos. “A proposta traz soluções que nascem para ajudar todos os municípios, principalmente os pequenos, que chegam a receber 10 vezes mais visitantes que sua população fixa sem que haja infraestrutura”, aponta o peemedebista. O texto determina que os municípios que não tiverem aptidões turísticas receberão incentivos da ZFT para se adequarem.
Dep. João Pedro
O presidente da Comissão de Turismo da Alerj, deputado João Pedro (DEM), é outro defensor do incentivo ao setor nas regiões do interior e da implantação de políticas públicas efetivas de estruturação da vocação turística do estado. Durante audiência com a secretária de Estado de Turismo, Márcia Lins, o democrata destacou que, embora seja muito importante que o Governo esteja atento aos megaeventos previstos para o Rio, como a Copa do Mundo de 2014 e a candidatura da capital para sede das Olimpíadas de 2016, o Governo precisa ter um plano para o setor que englobe desde os grandes eventos até o turismo rural e ecológico. “É preciso dar mais atenção à segurança pública e aos transportes, à elaboração do plano diretor do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Rio de Janeiro (Prodetur) e ao processo de estruturação do turismo, especialmente no interior do estado, onde ele tem possibilidade de ser eficiente”, destaca o deputado. A secretária disse que os grandes eventos dão visibilidade ao Rio e forneceu dados que apoiam a defesa do parlamentar: “De cada cinco trabalhadores no Brasil, um está empregado no setor do turismo”.
De acordo com Márcia, o setor de serviços é o que mais tem gerado empregos nos últimos meses em todo o País. “Deste setor, 38% são destinados ao Turismo que gerou, só no ano passado, 5,7 bilhões de dólares”, aponta a secretária, estimando que, com a Copa de 2014, 170 mil empregos serão gerados, sendo 100 mil no setor do turismo e cerca de 500 mil turistas.
Fórum elabora publicação
Além de leis e audiências, uma das principais atividades da Alerj em prol do turismo fluminense em 2009 tem sido a organização do Caderno do Turismo, que o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico está formulando junto ao Departamento de Geografia da Universidade do Estado (Uerj) e à equipe de Economia da Federação do Comércio (Fecomércio). Responsável por organizar a publicação, o professor Gláucio José Marafon (foto), da Uerj, explica como está sendo feito o trabalho: “Fizemos um levantamento geral de dados para sabermos as potencialidades turísticas de cada município. Dividimos em potencialidades primárias e secundárias. As primárias são os atributos turísticos mais identificados da região, e as secundárias, os atributos não tão conhecidos. Por exemplo, se uma cidade é conhecida por suas praias, podemos também identificar a possibilidade de desenvolver a atividade de ecoturismo, que não é tão visível”.
Marafon afirmou também que seus estudos, que levaram seis meses, servirão para que sejam feitas políticas públicas melhor elaboradas. “Através do caderno, o Governo poderá conhecer melhor o estado. E, se as políticas públicas forem bem organizadas, poderão promover o aproveitamento destas fortes potencialidades turísticas de cada município”, explicou. A publicação deverá ficar pronta em setembro.
Pingue-pongue
Márcia Lins

Secretária de Estado de Turismo, Esporte e Lazer Há um ano à frente da pasta de Turismo, Esporte e Lazer do estado, Márcia Lins capitaneia a secretaria e a Suderj no momento em que o setor fervilha com a expectativa da Copa em 2014 e a campanha pelas Olimpíadas em 2016. Aqui, ela fala sobre como o Governo implantará o plano recém-sancionado. Como a secretaria pretende pôr em prática o Plano Fluminense de Turismo? O Plano Fluminense de Turismo será coordenado pela Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer, com a participação de outros órgãos públicos e entidades afins e da iniciativa privada. Toda a experiência já adquirida com o Plano Diretor do Turismo do Estado será importante para a execução do plano fluminense, onde a valorização e a preservação do patrimônio histórico, aliadas à integração e ao desenvolvimento social de diversas regiões, serão fortalecidas com os investimentos no setor. Como os do Programa de Desenvolvimento do Turismo? Com os investimentos que serão realizados através do Prodetur teremos a oportunidade de desenvolver um trabalho estratégico em diversas regiões e, assim, alavancar o número de turistas. Este é um momento oportuno para discutirmos a importância do turismo no Rio de Janeiro, que só tende a crescer. Integrada ao Programa Nacional do Turismo, a secretaria vê a real possibilidade de o Rio mostrar seu potencial, com o apoio do Ministério do Turismo e de recursos disponíveis. Qual é a atual situação do setor no estado do Rio? Como resultado de uma política que elevou a atividade a prioridade de Governo, a partir de 2003, e da sintonia entre o trabalho do setor público e da iniciativa privada, o turismo vem se destacando. O Rio de Janeiro, que é porta de entrada do País, tem cinco dos 65 destinos indutores do Brasil e reúne títulos como a segunda cidade brasileira que mais recebe eventos internacionais. Realizaremos a Copa de 2014 e estamos trabalhando forte para sermos a cidade que sediará as Olimpíadas de 2016. Estes e outros megaeventos já confirmados no calendário da cidade prometem fomentar ainda mais o setor turístico. 

FONTE: JORNAL DA ALERJ, ANO VII, Nº194, de 15 a 20 de julho de 2009. Matéria gentilmente cedida pela Diretora de Comunicação Social da ALERJ, Fernanda Pedrosa.

2 comentários:

Anônimo disse...

Queridos:

Enquanto se fala em PLANO FLUMINENSE DE TURISMO, em Miracema, querem acabar com o centro histórico???

O país inteiro, hoje, tem-se preservado e dado ênfase aos centros históricos. Isso faz parte de um macroprojeto, nacional, de estímulo ao turismo e à cultura.

Quem sabe, essa não será uma abertura de um leque de opções para o desenvolvimento sustentável em Miracema? Talvez, nesse aspecto, estejamos há alguns passo à frente de nossos vizinhos.

Vcs hão de convir que Pecuária e agricultura, não trazem o resultado desejado. Por que não investirmos num projeto de turismo? Ecologia, patrimônio, cultura são a nossa maior riqueza.

VAMOS ACREDITAR E BUSCAR UMA MIRACEMA MELHOR. Que não seja para nós, mas para os nosso filhos.

NÃO podemos dar ouvidos aos manipuladores dos meios de comunicação local que tentam ludibriar a nossa população, subestimando nossa inteligência.

Um tombamento não desvaloriza imóveis de forma alguma, só na mentalidade de um munícipe que não está verdadeiramente informado. Não precisamos de políticos para essas informação. Temos um plano diretor do município e de fácil acesso à qualquer cidadão.

Qto aos imóveis, terrenos, eles não estão TOMBADOS, apenas tutelados, para que não ofendam ou prejudiquem a paisagem do centro histórico futuramente. P. ex., o desastre ocorrido na Fábrica de Tecidos. Onde temos uma obra antiquíssima, com uma obra moderníssima, onde esta destoa totalmente da arquitetura local. Tal fato, foi um erro, mas não será por isso q continuaremos errando.

MIRACEMA, MOSTRA A SUA CARA!

Rosa

Anônimo disse...

Bom dia.

Gostaria de um contato para envio de sugestões de pauta da Comissão de Minas e Energia da Alerj e também da Frente Parlamentar em Defesa dos Royalties do Estado do Rio de Janeiro.

Desde já, obrigada.
Juliana Vieira

juliana2305@gmail.com

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