Após ler aqui sobre o tema, buscamos a fonte para que pudéssemos tentar chegar mais próximos do problema. Hoje recebemos do itaperunense Tito de Freitas Geraldo, servidor público, que como cidadão tem tentado esclarecer sobre a situação, algumas explicações sobre o caso que compartilhamos:
A questão em discussão é a seguinte: Em 2002 foi elaborada a Revisão do Plano Aeroviário Estadual e implantada a rede estadual de aeroportos desenvolvida pelo Comando da Aeronaútica e Governo do Estado. Foram feitos na época estudos detalhados da realidade socioeconômica de vários municípios e, consequentemente, selecionados aqueles de interesse estadual e com uma ligeira demanda para a aviação regular e não regular dentro do período de 2003 a 2022. Através do percentual de demanda estudado e da influência de alguns municípios sobre outros dentro de uma mesma região, segundo também a condição de seu relevo, decidiram implantar e expandir aeroportos pelo Estado. Para se ter uma idéia, o projeto para a nossa região é de ampliar o aeroporto de Itaperuna para Médio Porte, ou seja, para tráfego de aeronaves até 60 passageiros e implantação de um Heliporto em Santo Antonio de Pádua, ou seja, aeroporto só para Helicópteros devido a não viabilidade no município para construção de um aeroporto. Em Miracema, apesar de existir um campo de pouso, não foi projetado melhoramentos devido a não homologação de seu sítio aeroportuário. Dentro do Estado ficaram divididas assim as categorias aeroportuárias:
1- Aeroportos de interesse Federal: Tom Jobim, Santos Dumont, Jacarepaguá, Macaé e Campos;
2- Aeroportos de interesse Estadual (Regionais): Cabo Frio, Resende, Itaperuna e Volta Redonda;
1- Aeroportos de interesse Federal: Tom Jobim, Santos Dumont, Jacarepaguá, Macaé e Campos;
2- Aeroportos de interesse Estadual (Regionais): Cabo Frio, Resende, Itaperuna e Volta Redonda;
3- Aeroportos de interesse Municipal (Local): Angra do Reis, Paraty, Búzios, Saquarema e Maricá;
4- Aeroportos Metropolitanos: Nova Iguaçu e Itaguaí;
5- Aeroportos Complementares: Miracema, Cantagalo (novo sítio), Valença;
6- Heliportos Locais: Nova Friburgo (novo sítio), Petrópolis (novo sítio), Teresópolis (novo sítio);
7- Heliportos Complementares: Santo Antonio de Pádua (novo sítio) e Três Rios (novo sítio).
Então, não sei se ficou claro, mas o aeroporto de Itaperuna seria para uso de toda região noroeste e mais alguns municípios do Estado do Espírito Santo e de Minas Gerais. No entanto, talvez por desconhecimento do Projeto ou por questões políticas querem construir uma ponte sobre o rio Muriaé, ligando os bairros Frigorífico e Aeroporto nas proximidades da cabeceira da pista de pouso e decolagem do aeroporto, de forma que o fluxo de trânsito contorne a mesma cabeceira e tome o sentido paralelo à pista até a rua Bom Jesus. Até o momento não encontramos nenhuma autoridade municipal para provar oficialmente que não existirá tamanha besteira, ou melhor no popular, LAMBANÇA.
Estou junto com o Presidente da FIRJAN NOROESTE e seus conselheiros lutando para reverter o quadro. Existem leis aeronáuticas que proibem quaisquer edificações próximas aos aeroportos, principalmente em áreas específicas como as cabeceiras de pistas.
Estes são os meus argumentos até que me provem o contrário.
A imagem que ilustra a postagem foi enviada pelo autor.
3 comentários:
ampliar o aeroporto e uma boa, + vamos la em itaperuna tbm precisamos de uma ponte q liga os bairros matadouro ao frigorificos, pois temos q dar uma volta enorme p/ chegarmos,eu acho q faz + falta vc acha q vai usar + aponte ou aviao?
Gostaria de deixar bem claro para o amigo anônimo que não sou contra a construção da ponte ligando os dois bairros. Como já havia dito em uma carta de mobilização aos Itaperunenses, sou a favor de todas as obras para o desenvolvimento do município, mas contra àquelas que possam prejudicar outras de extrema importância. A minha pergunta para à Administração Pública Municipal foi baseada no porquê de não construir a ponte em outro ponto afastado da direção da cabeceira do aeroporto. Esse é o meu argumento.
A iniciativa de Tito deveria ser apoiada por todos os cidadãos itaperunenses e os da região, inclusivos políticos, autoridades e empresários. Na verdade o que se pretende não é a proibição da construção da ponte e sim que ela seja construida em outro lugar respeitando as normas que regem a aviação civil, assim, como, a lei de diretrizes gerais do nosso município que também impede está obra no local onde querem construir, ou nossos governantes vão passar por cima desta norma que foi feita de forma democrática e principalmente por que foi com a presença da comudade de cada bairro.
Creio eu que quando foi realizado esta partipação no bairro frigorífico uns dos maiores anseios da comunidade foi a construção da ponte, porém esta não pode ser construida de forma a prejudicar o desenvolvimento de outras áreas como é a necessidade de termos a cidade de Itaperuna de volta a grade de vôos comerciais.
Concluo que há que pesar o interesse maior, ou seja, que atinja o maior número de coletividades possível e aí a reformulação do aeroporto de Itaperuna é o mais necessário, e além do mais a verba já está disponível. Não gostaria de imaginar uma situação de um doador de orgãos da região e um receptor na cidade de São Paulo e em situação de risco de morte (sendo o preferêncial na lista) não receber o que lhe é de direito devido a nossa cidade não estar conectada a outras regiões do País por falta de infraestrutura.
Desta forma externo meus sinceros apreço a atitude do nobre Tito de Freitas Geraldo.
Rogério Ferrari Braga - Acadêmico do oitavo período de Direito.
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