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segunda-feira, 31 de maio de 2010

CRIAÇÃO DE UM FUNDO SOCIAL DO PRÉ-SAL TORNA-SE CONSENSO EM CONFERÊNCIA

 O apoio à criação de um fundo social advindo dos recursos que serão  obtidos a partir da exploração da camada do pré-sal marcou a fala dos  participantes que estiveram, nesta segunda-feira (31/05), na conferência  pública “O pré-sal e os desafios do Brasil”, na sede da Assembleia  Legislativa do Rio (Alerj), o Palácio Tiradentes. Organizado pela Escola  do Legislativo do Estado do Rio (Elerj), o encontro serviu para discutir  a necessidade de aprovação das novas regras propostas pelo Governo  federal e já enviadas ao Congresso Nacional para exploração e produção de  petróleo e gás natural na área de ocorrência da camada recém-descoberta.  “Desta forma, o povo brasileiro passa a ter controle sobre as riquezas do  pré-sal. A criação de um fundo social soberano é de extrema importância  para que essa riqueza possa ajudar a combater a pobreza”, defendeu o  coordenador da Elerj, deputado Gilberto Palmares (PT).

 Ouça o deputado Gilberto Palmares:
 http://alerj.posterous.com/deputado-gilberto-palmares-diz-que-e-preciso

 Os quatro projetos de lei elaborados pela União (PL 5.938/09, 5.939/09,  5.940/09 e 5.941/09) propõem o sistema de partilha para a exploração e a  produção nas áreas ainda não licitadas do pré-sal, a criação de uma nova  estatal, a formação de um fundo social e a cessão onerosa à Petrobras do  direito de exercer atividades de exploração e produção de petróleo e gás  natural em determinadas áreas da camada recém-descoberta. O assessor  especial da Petrobras Rosemberg Pinto defendeu a formação do fundo. “Esse  projeto de lei destina a maior parte dos recursos para o País. Com isso,  o Estado brasileiro vai investir num fundo social e esse fundo será  distribuído para o combate à pobreza, para investimentos nas áreas de  Saúde, Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e para o desenvolvimento  sustentável”, esclareceu Pinto. O assessor lembrou ainda que o Brasil é o  17º país em reserva de petróleo no mundo e que, com a exploração do campo  de pré-sal de Tupy, na Bacia de Santos, passará a ocupar a 12º posição.
O coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do  Petróleo do Estado do Rio (Sindpetro), Emanuel Cancela, também defendeu a  aprovação dos projetos. “Apesar de se restringir somente às áreas do  pré-sal, é um avanço com relação à lei anterior, a Lei 9.478/97. Nós, do  sindicato e dos movimentos sociais, esperamos muito mais. A nossa luta  propõe uma Petrobrás 100% estatal e pública, a volta do monopólio estatal  do petróleo e o cancelamento e a revisão dos leilões que já foram  realizados. Com essa descoberta, poderemos pagar a dívida social que  temos com o nosso povo”, enfatizou Cancela. Também participaram da  reunião o deputado Paulo Ramos (PDT), os deputados federais Luiz Sérgio  (PT-RJ) e Edson Santos (PT-RJ), o presidente da Central Única dos  Trabalhadores do Rio (CUT-RJ), Darby Igayara, e representantes da  Federação Única dos Petroleiros (FUP).


 (Texto de Vanessa Schumacker) - Ascom da ALERJ

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