Li há pouco uma matéria no Estadão, que é o título dessa postagem, que fala dos problemas gerados em São Paulo em função do elevado grau de impermeabilização do solo ocasionado por asfalto, construções etc. Já divulgamos aqui sobre um pronunciamento de Kassab, prefeito da cidade, que fala da falta de planejamento de anos e anos como causadora dos problemas ambientais (enchentes) que a cidade vive hoje.
O texto é super interessante, por incrível que pareça não consegui descobrir o autor, apenas o autor de um infográfico logo no início - infográfico: Marco Vergotti - que mostra o mapa da cidade em 1924 e o contrasta com o mapa de 2010.
Após um relato da evolução da população e do crescimento da cidade em construções, estradas e com ênfase ao asfalto, além de citar que a legislação que proíbe a construção nas proximidades de rios é antiga, mas nunca foi respeitada, tanto assim que a Câmara de Vereadores fica sobre um rio, o autor tece alguns comentários do que está sendo proposto para amenizar os problemas, veja o que destacamos:
A rigor, portanto, não há enchentes em São Paulo – nós é que construímos a cidade em cima dos rios. E a situação vai piorar. Com as mudanças climáticas, a tendência é que chuvas fortes fiquem cada vez mais comuns – em São Paulo espera-se invernos mais secos (e poluídos) e verões mais molhados (e cheios de enchentes). São Paulo vai ter que descobrir maneiras de absorver essa água. Até hoje, apostou em construir "piscinões", que são imensas catedrais subterrâneas para acumular água (e lixo, e ratos).
Atualmente, há uma tendência de tentar buscar soluções mais "naturais" para escoar água. A prefeitura de São Paulo tem apostado em construir "parques lineares" – que são áreas verdes preservadas ao redor do rio. Além da vantagem óbvia – novas áreas de lazer – a terra das margens absorve parte da água e o rio aberto diminui a velocidade da enxurrada. Isso também diminui a temperatura do ar logo acima, reduzindo as chamadas "ilhas de calor", que são bolhas de ar aquecido pelo asfalto, que se chocam com o ar frio e úmido vindo do oceano e provocam grandes tempestades. "Estamos focando primeiro em fazer parques lineares nas cabeceiras urbanas – Aricanduva, Cantareira –, que é de onde toda a água vem", diz a arquiteta Alejandra Maria Devecchi, diretora de Planejamento Ambiental da Prefeitura. "E queremos garantir que os rios que restaram, em outras áreas da cidade, não sejam cobertos".
Há quem proponha que a solução da "renaturalização" seja adotada na cidade inteira. O engenheiro Sadalla Domingo, pesquisador da USP e funcionário da agência reguladora de saneamento e esgotos do Estado, tem um projeto para renaturalizar o rio Anhangabaú, em vez de construir um novo piscinão lá. "É muito mais barato e mais eficaz, além de poupar a cidade de ter que gastar para sempre limpando o piscinão".
Ressaltamos, apenas, que Miracema, cidade do Noroeste fluminense tem um vale como característica de relevo. Vale a pena refletir!
Um comentário:
E as Cabeças dos nossos Governantes também foram ASFALTADAS...
Nunca vi tamanhos INCOERÊNCIA E RETROCESSO!...
Os EXEMPLOS NA CARA E NINGUÉM VÊ...
... OU FINGEM que não estão vendo, pois é algo que APARECE PARA O POVO QUE LHES ELEGE...
Rachel Bruno Siqueira
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