Ontem o jornal "Dois Estados", de Miracema, divulgou nota mencionando sobre o vazamento de produto tóxico no Rio Pomba, novamente da empresa Cataguases de Papel.
Hoje o jornal "O Globo" também divulgou matéria sobre o tema onde informa que o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) denunciou, sexta-feira, lançamento de dejetos químicos do reservatório da Mineradora Cataguases no Rio Pomba (?), em Minas Gerais, apesar de outras fontes informarem ser a mesma indústria de Papel, Ind. Cataguazes Papel Ltda, antiga Matarazzo, que provocou outros acidentes no rio.
De acordo com o presidente do Inea, Luiz Firmino Martins, a captação de água pela Cedae no Rio Pomba está registrando índice de turbidez cinco vezes acima do normal. O estado quer o fim do lançamento de poluentes no local. O Inea vai acompanhar neste sábado uma fiscalização que deverá ser feita pela Agência Nacional de Águas (ANA), com técnicos do Instituto Mineiro de Gestão das Águas de Minas (Igam).
O pior de tudo é que a contaminação é AUTORIZADA pela Agência Nacional de Águas (ANA). Segundo o jornal "O Globo", a ANA deu a outorga para o despejo em pequenas quantidades, cem metros cúbicos por hora, no Rio Pomba. E agora mandou reduzir o fluxo para 30 metros cúbicos por hora. Segundo o presidente do Inea, representantes do instituto estiveram em Minas e encontraram vazões direto da barragem, além do tubo com a emissão controlada. O despejo é muito maior do que o outorgado - afirmou Firmino.
O presidente da Cedae, Wagner Victer, disse ter sido necessário diminuir a captação de água em diversos pontos por conta do aumento da turbidez. Ele reclama, ainda, da falta de aviso de que haveria o despejo de poluentes no rio.
- O lançamento tem que ser coordenado com o órgão ambiental do estado e com a companhia de água. Isso afeta a região Norte e Noroeste do estado, mas não causará prejuízo à distribuição de água. Tivemos que atuar não em função de um planejamento, mas reagir a uma situação inesperada. É um absurdo. Estamos contabilizando gastos e perdas - disse Victer.
A proposta de Minas é purgar a barragem de Cataguases numa vazão pequena até esvaziar o reservatório. Os rompimentos e transbordamentos, sobretudo com as chuvas de verão, são grandes problemas ambientais. Há pelo menos um ano a proposta está sendo discutida com o Inea e a ANA. Há estudos considerados sérios pelo Inea mostrando que a diluição de pequenas quantidades de contaminantes seria viável.
O presidente do Inea não se diz contrário à diluição dos contaminantes em pequenas quantidades. Ele alega que o pedido da suspensão dos lançamentos é uma precaução técnica em função do aumento da turbidez na captação de água da Cedae:
- Se voltar a fazer a diluição, tem que ser com parâmetros. O despejo acima do outorgado está errado de cara.
O rio é afluente do Rio Paraíba do Sul e abastece a região Noroeste do estado. O reservatório da Cataguases tem um histórico de problemas ambientais. O primeiro grande vazamento de produtos químicos foi em 2003, provocou um dos maiores acidentes ecológicos do país, atingindo oito municípios do Norte-Noroeste Fluminense. Houve novo rompimento da barragem em 2007, com despejo de lama misturada com dejetos químicos do reservatório.
Agora o rio Pomba, que atravessa vários municípios no noroeste do Estado, está com as águas negras e com uma espuma branca por conta da liberação de Lixívia (um composto químico usado para limpeza de superfícies) pela empresa Cataguases de Papel.
2 comentários:
Favor confirmar veracidade dos fatos no link abaixo.
http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/poluicao-autorizada-ameaca-rio-pomba-20101105.html
Domingos Ciribelli
Assessor de Comunicação
Mineração Rio Pomba Cataguases
Caro Domingos, os dados acima divulgados são do Jornal "O Globo" e a fim de atender seu pedido iremos divulgar a reportagem do portal R7, que difrere pouco do informado acima.
Postar um comentário