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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Colégio em Cambuci é eleito o melhor do estado pelo Ideb

Ser considerado o melhor colégio do Estado do Rio de Janeiro e, ainda, um dos três melhores em todo o Brasil não é para qualquer um. Mas o Colégio Estadual Oscar Batista, de São João do Paraíso, conseguiu tal proeza no último biênio. Depois de estar entre as piores escolas do estado, a direção trabalhou duro para mudar o quadro: seu Ideb (o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, que avalia fluxo escolar e médias de desempenho dos alunos em avaliações) pulou de 3,3 para 7,4. A receita é simples: investir em projetos. O segredo? Integração e união.
Quem vai a São João do Paraíso vê um local pequeno e pacato do interior. São cerca de quatro mil habitantes morando no distrito, que faz parte do município de Cambuci. Lá, há apenas duas escolas públicas, uma que supre a demanda de alunos até o primeiro ciclo do Ensino Fundamental e o C.E. Oscar Batista, que atende a adultos e a jovens a partir do 4° ano, oferecendo também Ensino Médio regular e Curso Normal. A fachada do prédio – fundado em 1935 por Oscar Batista, poeta e político que via a Educação como prioridade – lembra a de um casarão. Por dentro, a estrutura é simples, mas bem aproveitada: há duas cozinhas, banheiro para deficientes, biblioteca, quadra, sala de informática e até laboratório de Ciências. Todas as salas têm ar condicionado.
Também há pequenas reformas, parte do intuito da direção de melhorar a infraestrutura da escola. O grêmio estudantil deve ganhar um espaço próprio.
- Depois que ficamos com a nota 3,3 no Ideb, passamos a ser considerados ‘escola prioritária’ e recebemos mais verbas para melhorar nosso desempenho. Com isso, começamos a investir em projetos grandes, integrados à Secretaria de Educação. Éramos isolados nesse sentido, nossas ações eram pequenas, de pouca força – conta o diretor Obede Peres, que não fazia ideia de como essa e outras iniciativas podiam dar tão certo. – Percebemos que os alunos estavam se motivando mais, mas nunca esperávamos um resultado tão positivo. Foi uma surpresa – destaca.
E os bons frutos não se comprovam apenas no Ideb. Há seis anos na gestão, Obede aponta outras vitórias:
- A evasão escolar caiu muito. Atualmente, os jovens gostam de ficar aqui, às vezes temos que mandá-los para casa. Se sentimos a falta de um, fazemos uma visita para ver por que ele não está indo às aulas. O desempenho nas avaliações também melhorou – destaca.

A aprovação de formandos em concursos públicos e em vestibulares é outro motivo de orgulho.

- As notas do Enem têm garantido aprovação e bolsas em boas universidades – completa a diretora adjunta Maria José Tostes.
Projetos que fazem crescer
De fato, colaborou a entrada em projetos como o Autonomia, de redução da defasagem idade-série, o Almanaque da Rede e o Reforço Novo Enem.
- Participamos com bons resultados das Olimpíadas de Língua Portuguesa, de Matemática. Na prova Saerj, tivemos mais de 100 premiados com notebooks. E uma de nossas equipes ficou em terceiro lugar na OJE (Olimpíada de Jogos Digitais e Educação). Os meninos adoraram conhecer o Rio. Essas atividades externas incentivam muito – acrescenta o diretor.
Ações da própria escola ganharam fôlego. Blogs, passeios e projetos de leitura passaram a ser regulares.
Animados com as conquistas da escola, os estudantes estão cada vez mais participativos e otimistas com o futuro.
- Nós vemos que a organização e a qualidade de ensino melhoraram, principalmente pelas pessoas que saem daqui. Aí a gente fica querendo sempre se superar, ser melhor. Para conseguir isso, nos juntamos, estudamos em equipe, e buscamos a ajuda dos professores. Alguns até nos recebem em casa – diz Walter Curvelo, que faz o curso de formação de professores.
O aluno passa quase o dia inteiro no colégio e pretende seguir a carreira de educador na área de tecnologia. Usa parte de suas horas vagas para produzir textos e vídeos para o jornal online da turma, um blog criado por ele e seus colegas.
- Eu presencio uma troca e uma receptividade muito grande dos alunos. Eles são atuantes e antenados com a realidade, o que melhora a aprendizagem – afirma a professora Sueli Bussade, que dá aulas de Filosofia e Sociologia e no ensino normal.
Outro destaque no cotidiano do C.E. Oscar Batista são os cursos extracurriculares. Atualmente, há uma parceria entre a Secretaria de Estado de Educação, a Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária e a Emater regional, que oferece aulas de informática para os estudantes que se interessarem, e cursos profissionalizantes de Desenho Industrial e outras disciplinas, voltados para a comunidade.

Fonte: Resumo da Notícia, divulgado pelo jornal A Folha.

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