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segunda-feira, 9 de maio de 2011

"Jongo da Serrinha: cultura e turismo agitam economia da comunidade"



O que começou com a necessidade de preservar uma manifestação cultural se transformou em bem imaterial do estado do Rio de Janeiro e hoje leva trabalho e renda para moradores do morro da Serrinha, em Madureira, Zona Oeste da cidade. O SRZDentrevistou Dyonne Boy, coordenadora executiva e fundadora da ONG Jongo da Serrinha, que contou como se dá o trabalho de trabalho e renda da preservação e divulgação do patrimônio histórico desenvolvido há mais de 40 anos por Vovó Maria Joana Rezadeira e mais antes ainda por Mestre Darcy do Jongo.
Dyonne explica que a ONG é uma escola de jongo para criança e uma produtora que cria produtos artísticos, que tem o objetivo de divulgar o jongo. "Estamos na economia criativa, que gera muitos empregos, e que eu acho que é uma vocação do Rio e uma vocação da favela especificamente, que da música, da dança, da festa. E os jovens estão ligados a essa capacitação profissional. Estamos capacitando diretamente pessoas da Serrinha para o mercado da música e da produção cultural", conta.
A produção cultural e a história que há na Serrinha fazem a região ter um potencial turístico, o que se transforma em geração de emprego e renda. "E a gente recebe muitos turistas na Serrinha. Como a Serrinha é centenária, ela é um quilombo de cultura. Então tem receitas antigas, tem umbanda, festas populares. Então o turismo também é uma vocação da Serrinha".
LEIA A MATÉRIA COMPLETA E ASSISTA A MAIS VÍDEOS NO SÍTIO SRZD (SIDNEY REZENDE), a matéria de Hélio Almeida.

"O jongo é algo que era da senzala e foi preservado na favela e foi reconhecido pelo Iphan como bem imaterial do estado do Rio. Isso é fazer a pessoa que foi acostumada que ela precisava de uma outra coisa para ser reconhecida, ela pensa: eu sendo quem eu sou, sendo neta que quem sou, de uma escrava mineira, eu sou muito importante na sociedade. Então isso gera uma força nela".

*** 

"O jongo é uma herança cultural trazida da África pelos negros bantus, da região do Congo-Angola, para as fazendas de café do Vale do Paraíba durante o período da escravidão. Com a Abolição, muitos libertos migraram para a então capital do país, o Rio de Janeiro, formando as primeiras favelas cariocas. Considerado como o ritmo "pai do samba", o jongo quase foi extinto durante o século passado."
Dyonne Boy, coordenadora executiva e fundadora da ONG Jongo da Serrinha

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