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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

"O BRASIL NÃO É O LIXÃO DO TIO SAM"


Em julho de 2009, informávamos aqui sobre a tragédia que foi a descoberta da monstruosidade de empresas europeias, que foram flagradas enviando contêineres de lixo para vários portos brasileiros, a pretexto de envio de material para reciclagem.
Ontem ouvi no Jornal da Globo, que em Pernambuco, a Receita Federal flagrou contêineres oriundos dos Estados Unidos, cujo conteúdo é de lençóis e fronhas, sujos de sangue, ainda agulhas e seringas hospitalares. Na verdade é lixo hospitalar de alto risco de infecção, material cortante e perfurante. Os lençois são o pretexto dessa vez, pois na Nota Fiscal consta como destino o interior pernambucano, empresa de confecção que reutilizaria o tecido do lixo hospitalar.

A imagem é da Anvisa/PE e está sendo divulgada no sítio da Uol Notícias. Na matéria informam: "O material foi descarregado por um navio no porto de Suape, em Ipojuca (PE). As cargas teriam como destino final a cidade de Santa Cruz do Capibaribe (185 km de Recife), uma das cidades do pólo têxtil de Pernambuco." E mais: "O contêiner foi descarregado há cinco dias e foi importado como lote de tecidos de algodão com defeito por uma empresa do ramo de confecção pernambucana. O nome da importadora não foi divulgado devido ao sigilo fiscal."
E outro ponto curioso da matéria do sítio Uol é o seguinte:
"Alguns tecidos trazem logomarcas de hospitais dos Estados Unidos, como o Diamond Childrens, localizado no Estado americano do Arizona, e o Hospittal Central Services Cooperative, que é uma lavanderia da Pensilvânia sem fins lucrativos especializada em lavar e alugar roupas de cama a hospitais filantrópicos."

Leiam um trecho maior abaixo:
No primeiro contêiner havia 23 toneladas de lixo hospitalar, como cateteres, luvas, seringas e tecidos sujos de sangue. O material deverá ser devolvido aos EUA ou incinerado em Pernambuco. Em ambos os casos, os custos serão repassados à importadora.
O contêiner estava no porto há cinco dias e foi importado pela mesma empresa flagrada nesta quinta. As cargas foram trazidas da cidade de Charleston, no Estado americano da Carolina do Sul.
Segundo a Receita Federal, este é o oitavo contêiner importado dos Estados Unidos feito pela empresa de confecção. Não se sabe se os outros seis contêineres importados este ano também vieram com lixo hospitalar e os tecidos foram reaproveitados, pois eles não foram inspecionados.
A Receita Federal informou que vai investigar as importações da empresa e o destino final das seis primeiras cargas que chegaram este ano.
Para ajudar nas investigações, a Receita vai solicitar ajuda da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Fiscais da Anvisa impediram o transporte da carga, que permanece no porto ainda sem destino definido. A empresa de confecção foi autuada por infração sanitária e vai responder a processo administrativo sanitário, que vai apurar a responsabilidade da importação. O valor de multas e as punições só deverão ser definidos ao final da investigação.

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