Com mais de 7,5 milhões de vítimas, o Brasil é o quinto colocado na lista de países com o maior número de diabéticos. O dado faz parte de um estudo epidemiológico apresentado pela chefe do Ambulatório de Diabetes de Gestação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lenita Zajdenverg, nesta segunda-feira (07/11), durante audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), presidida pelo deputado Bruno Correia (PDT). O evento marcou o Dia Mundial do Combate à Diabetes, lembrado no dia 14 de novembro.
De acordo com o deputado Nilton Salomão (PT), membro da comissão e condutor da audiência, é necessário trabalhar a prevenção. “Estamos percebendo a necessidade de levar informações, de articular as pessoas portadoras da doença, focando regionalmente. Ao que tudo indica, esta é a melhor forma de termos um bom resultado. Estamos falando de uma doença que já se tornou um problema de saúde pública. É preciso que os municípios e as regiões se organizem com o compromisso no combate à diabetes”, afirmou o petista.
A médica disse que a diabetes é considerada uma doença crônica, na qual a pessoa tem que aceitá-la para, assim, iniciar o tratamento intensivo. “A maior dificuldade do paciente é controlar seu nível de glicose no sangue. A diabetes tipo 2, a mais frequente no Brasil, pode ser evitada com atividades físicas, com uma dieta adequada, sem excesso de calorias”, apontou. Lenita também explicou que, ao contrário do que muita gente pensa, não é o açúcar um dos responsáveis pela doença, mas sim o excesso de peso. “Muita gente acha que é o açúcar que causa o diabetes. Na verdade, quando se tem a doença, o nível de açúcar no sangue sobe. Mas o que provoca o diabetes é o excesso de peso, estimulado pela quantidade de gordura ingerida”, esclareceu.
À frente do Brasil no ranking mundial de incidência em diabetes estão, em ordem decrescente, Rússia, Estados Unidos, China e Índia. No decorrer da reunião, o parlamentar entregou o Título de Benemérito do Estado do Rio de Janeiro aos médicos Carlos Humberto Vilhena e Solange Travassos, especialistas no tratamento da doença. Ao final da audiência, os participantes do debate se dirigiram até a escadaria principal do Palácio Tiradentes, onde realizaram uma manifestação alertando sobre os riscos da doença.
(texto Paulo Ubaldino - Ascom da Alerj)
Nenhum comentário:
Postar um comentário