MIRACEMA: 25 ANOS DO JORNAL LIBERDADE DE EXPRESSÃO

O jornal Liberdade de Expressão, o jornal cultural de Miracema, completa 25 anos. Um de seus colunistas, José Geraldo Antônio, assim escreveu na edição comemorativa de Bodas de Prata desse importante jornal:

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Há 25 anos o LE honra as tradições culturais e intelectuais de Miracema. O seu título, embora não possua a exclusividade nominal, corresponde a uma das mais significativas conquistas civilizatórias da humanidade.

Nesse registro, há de se reverenciar a saudosa e inesquecível RICARDA, mentora e criadora do Jornal, que a tem uma estrela-guia para sua continuidade, contando com o suporte no desempenho do filho JADINHO e na competência do ANDRÉ XOXO. Como miracemense, sinto-me orgulhoso e feliz por integrar o grupo de seus colunistas.

Nesses dias de tanto sofrimento para a humanidade, nós brasileiros temos uma razão a mais para ostentar bem alto o significado LIBERDADE DE EXPRESSÃO, que não é, apenas, um título, mas o Jornal que engrandece a terra do poeta BARROSO DE CARVALHO e traduz o grito de luta contra aqueles que exercem o poder para destruir os valores democráticos conquistados depois de anos de obscurantismo e opressão.

JUBILEU DE PRATA:

PARABÉNS LIBERDADE DE EXPRESSÃO!

O blogue parabeniza todos os envolvidos nessa importante construção, sobretudo a valiosa e saudosa Tia Ricarda, que de onde estiver estará enviando flores a todos. 

Nessa oportunidade faz-se necessário resgatar antiga postagem desse blogue, com a poesia da autoria de Amélia Luz, poetisa de Pirapetinga-MG, que fez uma homenagem à poetisa Ricarda Maria Leal Alvim, de Miracema. Ao conhecer o livro, lançado em 2011, "Sentimentos do dia a dia Poesias e Trovas", de Ricarda, a poetisa mineira respondeu com essa poesia, que ela mesma afirmou à homenageada ser "versos dos seus versos".

Palavras de Ricarda para Ricarda

Amélia Luz – Pirapetinga/MG*

Nos “Sentimentos do dia a dia”
penso sempre “O que somos” afinal
neste mundo mesclado do bem e do mal?
Sou “Cicerone” experiente a vigiar
as asas do “Cata-vento” espantando
as fúrias Quixoteanas que chegam em emboscadas.
Ouço as lamúrias do “Meu canarinho”
a cantarolar no galho da goiabeira,
celebro com ele a alegria da liberdade...
“Uma cruz na minha janela” traz-me
Jesus Menino de Maria para me abençoar.
Sinto um verdadeiro “Renascer”,
incontido “Pipoca, coração” de felicidade.
“Minhas acácias” floridas premiam meus olhos
marcando um “Tempo” chamado primavera!!!
Estou só, sem saber o que fazer de mim,
comparo “O rio e a vida”, correntes passageiras,

e ponho-me na “Procura certa” de caminhos de paz...
Lembro “Noel no céu” registrando nossa transitoriedade.
Vou à Vila embriagando-me de suas canções de amor.
No “Mar amar” mergulho profundo vendo
o desfilar de mistérios que me assustam.
Passo nostálgica “O DVD da minha vida”
numa tarde chuvosa de domingo
sentada no antigo sofá da sala
revivendo emoções num eterno “Recomeçar”.
Digo com autoridade: “Pare, relógio”!
Não vê que na insensatez do seu tiquetaque
leva-me traiçoeiro a magia deste momento?
Batem-me à porta!!! Corro para atender
perguntando: Quem bate??? Quem bate???
Do outro lado uma voz de soprano
delicada me responde: - “Sou Felicidade”
e trago as mãos cheias de versos orvalhados
para lhe dar, colhidos no seu passado...
Assusto-me, volto à “Relidade”,
o “Meu desejo” é reviver a infância,
meus pais, avós, irmãos, padrinhos,
casa pequena perdida no verde e missa de domingo.
Nada quero deixar no “Esquecimento” e
“Depende de nós” guardar com cuidado nossas relíquias
cheias de “Contrastes” e de interrogações
na nossa “Limitação humana”...
Escalo “Muros Escondidos” pela névoa dos anos...
Há, intocável, a mão da “Natureza dentro de mim”!
Abro o livro de lendas e volto a “Ser criança”
campeando guerreira com o “Rei do meu quintal”.
Sem sombras nem medos o poema vibra
brotando da minha solidão na “Utopia”
que me traz novamente você,
mascarando a sua “Ausência” cruel.
“Preciso de palavras que...” me falem
outra vez dos seus carinhos e do seu novo destino.
No “Jogo da vida” injusto e incompreensível.
Escondo a tristeza e grito: - “Eu existo”!!!
“Eternos” anjos me abraçam e me consolam
nas “Fases da vida” de total desencanto.
No firmamento a “Madrinha Lua” me chama
mostrando que ainda “É possível” encantar
os casais enamorados com o seu brilho de prata.
“É bom lembrar” que “Palavras mortas”
são sepultadas levando mágoas e aflições.
Assim, “Sinto saudade” do “Beijoqueiro”,
aquele Beija-flor que teimava em beijocar as rosas
do meu canteiro florido de mil cores.
Penduro este belo retrato na parede do alpendre,
onde o meu companheiro quietinho me espera...
Chego aos seus ouvidos e murmuro emocionada:
- “Quero te amar” amigo, sempre, sempre!!!
Faz-se uma pausa e nossas almas mais uma vez
Encontram-se, indivisíveis...
“Mesclei as marcas do meu passado com as do presente
e transformei tudo o que existia em meu interior:
o belo e o triste,
o silêncio e a felicidade,
a angústia e a saudade,
a natureza e prazer para
as minhas POESIAS”.

NOTA DO BLOGUE:

O blogue mantém na coluna da direita o link de acesso ao jornal. Quem ainda não conhece acesse aqui.