Trinta-réis-boreal voou mais de sete mil quilômetros para chegar ao Rio de Janeiro, deixando para trás o inverno no Hemisfério Norte
Na última terça-feira (3/1), o Parque Estadual da Lagoa do Açu (PELAG), administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), recebeu um trinta-réis-boreal (Sterna hirundo) desidratado, encontrado na Praia do Farol de São Thomé, em Campos dos Goytacazes. A ave aquática, anilhada pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos, partiu do estado de Massachusetts e deslocou-se até o Norte Fluminense por conta da temporada de migração das aves.
Após o recebimento do animal, a equipe do Parque providenciou os primeiros atendimentos, como por exemplo a hidratação por sonda. Em seguida, a unidade de conservação encaminhou a ave para o acompanhamento de veterinários.
- Casos como esse comprovam que nosso trabalho não promove somente o bem-estar do ecossistema fluminense, mas a biodiversidade global como um todo -, afirmou o Secretário do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha.
A temporada de migração para o Hemisfério Sul, que vai até o fim do verão, resulta na chegada de diversas espécies novas no litoral brasileiro. No ano passado, o Parque Estadual da Lagoa do Açu recebeu a visita de outro trinta-réis-boreal, que tinha como origem a cidade de Nova York. Durante o inverno no Hemisfério Norte, as aves tendem a procurar locais com climas mais quentes. A distância entre Massachusetts e Campos dos Goytacazes é de mais de sete mil quilômetros.
A espécie de cerca de 36 cm se alimenta de peixes, insetos, camarões, caranguejinhos e outros animais marinhos. Também conhecida como Andorinha do Mar, a ave na fase adulta apresenta coloração cinzenta na parte superior do corpo e branca na região do ventre.
Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro
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