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quinta-feira, 13 de abril de 2023

PARQUE ESTADUAL DO DESENGANO - 53 ANOS

Pedra do Desengano. Foto: João Rafael Marins. Fonte: INEA-RJ


O Parque Estadual do Desengano foi criado pelo Decreto-lei Estadual nº 250 de 13 de abril de 1970. Completa hoje 53 anos. Administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), alcançou um título inédito na América Latina: a nomeação da unidade de conservação como um International Dark Sky Park. O PED já é reconhecido internacionalmente como uma área prioritária para a conservação da biodiversidade de Aves (Important BIRD and Biodiversity Area – IBA), pela Bird Life International, e agora ganha mais uma certificação internacional.

Segundo o INEA, o título de International Dark Sky Park, obtido em 2021, reconhece o Parque Estadual do Desengano, no Norte Fluminense, como uma unidade de conservação de qualidade excepcional para a observação de noites estreladas e um ambiente noturno protegido que valoriza seu patrimônio científico, natural, educacional, cultural e social. O PED se torna o primeiro Dark Sky Park na América Latina.

O processo durou por volta de dois anos. Em primeiro lugar, a International Dark-Sky Association aprovou os documentos e a apresentação pela equipe do Desengano State Park com as especificações técnicas de qualidade do céu noturno da área. Em seguida, o IDA avaliou as informações sobre os compromissos assumidos pelo PEDem atividades voltadas à redução da poluição luminosa, no Parque e na região, e as boas práticas na visitação noturna, que já ocorre no parque. Agora, os visitantes que buscam um lugar perfeito para observar, estudar e curtir o céu noturno têm a oportunidade no Estado do Rio de Janeiro.

O Parque Estadual do Desengano, a mais antiga unidade de conservação estadual do Rio de Janeiro. 

O Parque abrange partes dos municípios de Santa Maria Madalena, São Fidélis e Campos dos Goytacazes, e totaliza 22.400 hectares de área de Mata Atlântica que abrigam 82 espécies de mamíferos, 494 de aves, 56 de répteis, 73 de anfíbios e mais de mil tipos de flora.

“Com essa titulação internacional, poderemos contemplar o mesmo céu que nossos ancestrais mais remotos contemplavam. Esta é uma conquista conjunta dos técnicos do parque, da Diretoria de Biodiversidade, Áreas Protegidas e Ecossistema e de parceiros da sociedade civil como a Universidade Estadual do Norte Fluminense e o Clube de Astronomia Louis Cruls”, afirma Carlos Dário, gestor do Parque Estadual do Desengano.

Objetivos de criação do PED:

Preservar sua notável expressão orográfica que o destaca no cenário regional como acidente de grande beleza cênica, com inúmeros picos rochosos e cobertura florística bastante representativa do bioma primitivo Mata Atlântica (ainda de forma contínua e com algumas das tipologias mais significativas de nossa flora) e um considerável número de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção; preservar o grande número de representantes de nossa fauna, também com espécies endêmicas e ameaçadas; o esplêndido e estratégico manancial de água alternativo para as regiões vizinhas do Norte e Noroeste Fluminense; propiciar a pesquisa científica, a educação ambiental e a visitação – que poderá acarretar um notável desenvolvimento regional, com fácil acesso rodoviário, possibilitando a utilização do Parque e seu entorno pelas diversas faixas econômicas da população.

Área: 21.365,82 hectares.

Localização: Norte fluminense.

Abrangência: Municípios de Santa Maria Madalena, São Fidélis e Campos dos Goytacazes.


Outras informações: O Parque Estadual do Desengano 

Gestão Participativa nas unidades de conservação estaduais

O Programa de Fortalecimento de Conselhos promove a criação e a renovação dos conselhos gestores das unidades de conservação administradas pelo Inea. As ações previstas no programa, como a realização de diagnósticos rápidos participativos (DRP) e reuniões periódicas, vêm sendo desenvolvidas com bastante empenho objetivando o fortalecimento da gestão participativa em 28 conselhos de unidades de conservação, sejam elas de proteção integral ou de uso sustentável.

Para a formação dos conselhos gestores são utilizadas metodologias participativas adequadas ao perfil de cada conselho, dentre elas os DRPs. Os representantes das instituições manifestam seu interesse em participar dos conselhos por meio do documento denominado carta de intenção.

Tais conselhos reúnem órgãos públicos, instituições de pesquisa, sociedade civil e mesmo empresas privadas, interessados na adequada implantação e gestão das unidades de conservação. São espaços de diálogo, consultivos ou deliberativos, compostos por diferentes atores sociais e o órgão ambiental estadual. Além da legitimação dos conselhos por meio da publicação de suas respectivas portarias, o programa também atua na capacitação dos conselheiros por meio da realização de oficinas, elaboração de vídeos e cadernos temáticos. Após dois anos, a contar da posse dos conselhos, é iniciado o processo de renovação do mesmo.

Conselho consultivo: Ativo. Conheça a composição do Conselho, estabelecido pela Portaria Inea/Dibape n° 49, de 20 de outubro de 2014.

Mais informações aqui.

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