Parceria entre Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde, e APAE-Rio vai permitir que mais diagnósticos sejam feitos nos primeiros dias de vida
O Governo do Rio será pioneiro na ampliação das doenças rastreadas pelo Teste do Pezinho. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho, nesta terça-feira (06.06). O alcance do exame vai passar de sete para 53 doenças raras. A iniciativa representa avanço até a Etapa 5 do procedimento, conforme prevê a Lei Federal nº 14.154/2021. O Estado do Rio já é o primeiro a oferecer o teste on-line.
A divulgação foi feita durante evento na sede da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae Rio), que celebrou o Dia Nacional do Teste do Pezinho. A entidade processa as amostras coletadas na rede pública de saúde, desde 2017.
- O Rio de Janeiro já é o único estado do Brasil a oferecer o teste on-line, em parceria com a Apae. Agora será pioneiro na ampliação do exame que vai detectar doenças raras ainda nos primeiros dias de vida dos bebês - disse o secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho, explicando que o diagnóstico precoce de doenças evitará sequelas.
- Queremos ser cada vez mais inclusivos e acolhedores, tanto que a autorização por parte do governador Cláudio Castro para alocação de recursos foi dada imediatamente. O Governo Federal sancionou uma lei que ainda dependia de atualizações e normatização para ser colocada em prática, mas somos sensíveis à questão e, por isso, faremos esse esforço para que as doenças raras possam ser detectadas e tratadas desde os primeiros dias de vida -, destacou o secretário.
- É um exame tão simples, é a gota de sangue mais sagrada do ser humano. Por isso estou aqui participando desse momento ao lado da direção e dos funcionários da Apae, que sabem do significado de ter o teste ampliado para todo o estado - disse Analine Castro.
Sobre o Teste do Pezinho
A Triagem Neonatal, popularmente conhecida como "Teste do Pezinho", é um exame capaz de detectar precocemente doenças metabólicas e genéticas que podem causar problemas irreversíveis para a saúde da criança. Por isso, todos os bebês devem fazer o teste entre o terceiro e o quinto dia de vida. Atualmente, as doenças triadas no Estado do Rio são: hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase e toxoplasmose congênita, que fazem parte da Etapa 1 de ampliação. Com a extensão do teste, será possível diagnosticar outros males como doenças lisossômicas, imunodeficiências primárias e atrofia muscular espinhal. Tratadas a tempo, a chance de que não tenham sequelas é grande, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
De acordo com a Superintendência de Atenção Primária à Saúde (APS), cerca de 75% dos nascidos vivos no estado em unidades da rede pública realizam o teste do pezinho. Os resultados dos exames ficam disponíveis no site da secretaria (saude.rj.gov.br/testedopezinho) e podem ser acessados com o número do filtro do exame, fornecido pela unidade de saúde onde foi feito o teste, e a data de nascimento do bebê. O Rio de Janeiro é o único estado a disponibilizar o Teste do Pezinho com resultados on-line no país. O serviço está disponível à população desde 2018.
Teste identifica doenças raras
Entre janeiro e abril deste ano, 72 crianças foram diagnosticadas com doenças raras através da triagem neonatal. Em todo o ano passado, foram 381 diagnósticos. Na rede SUS, há 938 unidades cadastradas para coleta no Programa de Triagem Neonatal no Estado do Rio. Em média, são realizados 11 mil testes ao mês, mas este número pode variar de acordo com o número de nascidos vivos. Importante ressaltar que, majoritariamente, os exames são realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), ou seja, em clínicas da família, postos de saúde e centros municipais de saúde. No SUS, o exame é fornecido de forma gratuita.
Além de processar as amostras, a Apae Rio também é responsável pelo atendimento às crianças diagnosticadas com fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito. As pessoas com hiperplasia adrenal congênita e a deficiência de biotinidase são acompanhadas pelo serviço especializado do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (Iede). O tratamento da doença falciforme e outras hemoglobinopatias é realizado pelo Hemorio; e para fibrose cística, o serviço é feito no Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). A toxoplasmose congênita deve ser tratada nas unidades de saúde dos municípios, após confirmação do diagnóstico, realizada pelo LACEN-RJ (Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels do Rio de Janeiro).
Fotos e vídeo: Mauricio Bazilio/ SES-RJ
--
Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro
NOTA DO BLOGUE: é sempre bom destacar a força da mulher miracemense. Quando se fala em teste do pezinho, logo me lembro da Enfermeira miracemense TEREZA NEUMA, professora da UFF, que participou intensamente da luta para implementar a obrigatoriedade do teste do pezinho. Salve, salve! A luta não pode ser esquecida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário