A obra “Complementando os registros históricos - Uma breve contribuição à história de Bom Jesus de Itabapoana” escrita pelo desembargador Antônio Izaías da Costa Abreu (1932-2022) foi lançada nesta quarta-feira (13) no Espaço de Arte Desembargador Deocleciano Martins de Oliveira Filho, no hall da Lâmina III do TJRJ.
O livro surgiu a partir de um pedido do amigo e historiador Luciano Bastos, que queria investigar a morte de uma figura ilustre na sua cidade natal – o alferes Francisco Silva Pinto. O magistrado pesquisou a história de vida do fundador de Bom Jesus de Itabapoana, município do Noroeste Fluminense, o que resultou na obra que foi publicada por iniciativa de Beatriz e Elizabeth, filhas do autor, que estavam presentes ao lançamento.
“É a história da terra natal dele, nós não mudamos nada do que ele escreveu. A publicação deste livro é uma forma de honrar a memória do meu pai”, disse a filha Elizabeth de Almeida Abreu.
Entre as autoridades presentes à cerimônia estavam os desembargadores Miguel Pachá, presidente do TJRJ no biênio 2003/2004; Marcus Faver, presidente do TJRJ no biênio 2001/2002, representando o desembargador Roberto Guimarães, presidente da Comissão de Preservação da Memória Judiciária; Andrea Pachá e Antonio Carlos Esteves Torres; o juiz Enrico Carrano, titular da 1ª Vara Cível da Comarca de Petrópolis; e Ana Cristina Francisco, presidente do Instituto Histórico de Petrópolis.
O desembargador Miguel Pachá lembrou os 60 anos de amizade com o desembargador Antônio Izaías, falou sobre a última obra do amigo e destacou o magistrado: “Antônio Izaías, em todas as comarcas que passou deixou sua marca de homem realizado, honesto, cumpridor de todos os seus deveres e obrigações”.
“Um trabalho extraordinário de historiador e de memorialista”, ressaltou o desembargador Marcus Faver ao falar do livro “Complementando os registros históricos; uma breve contribuição à história de Bom Jesus de Itabapoana”.
O autor
Memorialista do Judiciário fluminense e do Estado do Rio de Janeiro, o desembargador Antônio Izaías exerceu a Magistratura de 1972 a 2002.
Sócio titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro – IHGB, foi também acadêmico correspondente da Academia Portuguesa da História; membro titular, honorário, associado emérito e correspondente de importantes institutos e academias, no Brasil e no exterior, como a Société Internationale de Prophylaxie Criminelle, com sede em Paris, e Academia Paraguaya de la História, com sede em Assunção, entre outras.
Professor de Direito Civil e Direito Penal da Universidade Católica de Petrópolis (UCP) por mais de vinte anos, o desembargador Antônio Izaías da Costa Abreu foi também autor das obras: O Linguajar do Marginalizado - sociologia criminal (1983); Quilombos em Petrópolis (1988); Municípios e Topônimos Fluminenses (1994); A Morte de Koeler - a tragédia que abalou Petrópolis (1996) Ternas Recordações – poesias (1999); Palácios e Fóruns do Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (2005); O Judiciário Fluminense - período republicano (2006); O Judiciário Fluminense e suas Comarcas – capital (2008); Comarcas Fluminenses – interior (2009) e A Colonização do Sudeste – a prevalência italiana (2012); O que Vi e Ouvi, crônicas anedotizadas (2017); O Humor e o Riso, em versos livres (2019).
Produziu, ainda, documentários cinematográficos, como “Ruínas de Macacu e do Convento São Boaventura” (1988), “O Quilombo de Paty do Alferes” (1988) e “O Retorno da Princesa” (2010).
Departamento de Comunicação Interna TJ-RJ
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