Em 2022, foram registrados 755 incidentes, já em 2024, o número cresceu para 903
Nos últimos anos, o Estado do Rio de Janeiro tem enfrentado um crescimento significativo no número de picadas de escorpiões - especialmente em áreas antes pouco afetadas por eles. A situação tem preocupado especialistas, uma vez que, além de causarem dor, esses ataques podem ser perigosos, principalmente para crianças e pessoas com maior vulnerabilidade, como os idosos. Em 2022, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) registrou 755 incidentes com escorpiões, em 2023 foram 830 e em 2024 o número cresceu para 903 casos.
Embora as razões para esse aumento ainda estejam sendo investigadas, as mudanças climáticas podem ser apontadas como um dos principais fatores que contribuem para a proliferação dos escorpiões, expandindo, assim, a presença para diferentes regiões.
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), em conjunto com o Instituto Vital Brazil (IVB) tem promovido uma série de capacitações para junto aos agentes municipais para intensificar a vigilância e prevenção de acidentes por escorpiões e outros animais peçonhentos.
"Nosso trabalho tem o objetivo de apoiar as prefeituras para desenvolver soluções eficientes no controle da população de escorpiões. A conscientização e capacitação dos agentes de saúde e vigilância é uma das chaves para reduzir os riscos e prevenir acidentes", afirma Cláudio Maurício, Coordenador da Divisão de Artrópodes do Instituto Vital Brazil.
Além das ações de conscientização, o IVB também orienta sobre o manejo ambiental e as medidas práticas que a população pode adotar para evitar o contato com os escorpiões, que incluem desde a eliminação de focos de infestação até o uso de técnicas preventivas no manejo de áreas urbanas e rurais.
Como evitar acidentes com escorpiões:
— Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e material de construção nas proximidades das casas;
— Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbustos, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas. Manter a grama aparada; limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo menos, numa faixa de um a dois metros junto das casas;
— Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los;
— Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e paredes para impedir o trânsito dos animais pela residência.
Assessoria de Imprensa/Secretaria de Estado de Saúde – RJ
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