Rompia um lindo dia
Quando tudo aconteceu.
Eu, apenas uma máquina
Em meu canto esquecida
Quando me pegaram com força
Violência e sem pudor.
Ainda doem-me as insensíveis palavras
Daquele destruidor.
- Hoje vamos trabalhar
Cortar muitas árvores
E com elas faturar.
O homem com toda arrogância.
Eu, mais humanizada que ele,
Na floresta a pensar .
Quanto verde! Quanta maravilha!
Quanta vida a preservar!
A primeira árvore tombada
Foi um belo angelim
O silêncio foi quebrado
Quando o corte começou
A desolação ali chegara.
As árvores desmoronavam
Em um sofrimento real
Suas mudas em tormento
Ressentidas choravam.
E aquele martírio
Afligiu meu coração.
E num relance, consciente tomei uma decisão
Destruí os meus sensores e com eles meu motor
Pus fim a minha vida, para não aniquilar o amor
Viver para matar é pura perdição
Quem destrói a natureza
Nasceu sem coração.
2 comentários:
e aí Melqui, meu amigo, parabens pela poesia
tenho acompanhado seu trabalho na AMINATUR, mui
to bacana,quero ser sincero com voce!. Achei que a organização não iria durar nem 3 meses.Mas esta indo em frente. Voce merece, e um sério,honesto,trabalhador e tem ideal. Saiba que voce tem um amigo e estarei torcendo
por voce sempre...abraços de seu amigo Paulinho
''CANÁRIO''
Canta, um belo canto costumeiro
em liberdade é mais belo
sem gaiola e sem viveiro...
Em um tom de sol poente, e em um amarelo atraente
As vezes está em um canto
mas seu canto é diferente
Seu canto alegra o paiol
em sua mais bela canção
tem por Lá um Sí bemol...
Canta o seu canto belo e eterno
canta o verão e o inverno alegrando a passarada
Mas hoje ele canta e chora
vendo o outro na gaiola
Seu canto da Dó em Sol
não tem mais um Sí bemol...
Autor: Reginaldo (Rê)
Postar um comentário