Arquivo VAGALUME

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A REVOLTA DA MOTOSERRA

               Rompia um lindo dia
             Quando tudo aconteceu.
             Eu, apenas uma máquina
             Em meu canto esquecida
             Quando me pegaram com força
             Violência e sem pudor.
             Ainda doem-me as insensíveis palavras
             Daquele destruidor.
             - Hoje vamos trabalhar
             Cortar muitas árvores
             E com elas faturar.
             O homem com toda arrogância.
             Eu, mais humanizada que ele,
             Na floresta a pensar .
             Quanto verde! Quanta maravilha!              
             Quanta vida a preservar!
             A primeira árvore tombada
             Foi um belo angelim
             O silêncio foi quebrado
             Quando o corte começou
             A desolação ali chegara.
             As árvores desmoronavam
             Em um sofrimento real
             Suas mudas em tormento
             Ressentidas choravam.
             E aquele martírio
             Afligiu meu coração.
             E num relance, consciente tomei uma decisão
             Destruí os meus sensores e com eles meu motor
             Pus fim a minha vida, para não aniquilar o amor
             Viver para matar é pura perdição
             Quem destrói a natureza
             Nasceu sem coração.


           


O autor, Melquisedeque Duarte Gonçalves, foi o 2º Colocado, no 2º Concurso Poeta da Comunidade Miracemense – organizado pela Academia Miracemense de Letras no ano de 2007
.

2 comentários:

Anônimo disse...

e aí Melqui, meu amigo, parabens pela poesia
tenho acompanhado seu trabalho na AMINATUR, mui
to bacana,quero ser sincero com voce!. Achei que a organização não iria durar nem 3 meses.Mas esta indo em frente. Voce merece, e um sério,honesto,trabalhador e tem ideal. Saiba que voce tem um amigo e estarei torcendo
por voce sempre...abraços de seu amigo Paulinho

Anônimo disse...

''CANÁRIO''

Canta, um belo canto costumeiro
em liberdade é mais belo
sem gaiola e sem viveiro...
Em um tom de sol poente, e em um amarelo atraente
As vezes está em um canto
mas seu canto é diferente
Seu canto alegra o paiol
em sua mais bela canção
tem por Lá um Sí bemol...
Canta o seu canto belo e eterno
canta o verão e o inverno alegrando a passarada
Mas hoje ele canta e chora
vendo o outro na gaiola
Seu canto da Dó em Sol
não tem mais um Sí bemol...


Autor: Reginaldo (Rê)

Seguidores VAGALUMES

VAGALUMES LIGADOS

Siga-nos

Siga-nos
É só clicar sobre o twitter

NOVIDADES VAGALUMES por e-mail

Enter your email address:

Delivered by FeedBurner

Movimento dos Internautas Progressistas do Rio

Movimento dos Internautas Progressistas do Rio
#RIOBLOGPROG