Celebrado por reproduzir a opinião e as experiências alheias, o médium Chico Xavier teve enaltecido, nesta segunda-feira (05/04), na Assembleia legislativa do Rio, seu lado de líder espiritual e, também, de grande frasista. O evento, idealizado pelo ex-deputado Átila Nunes e conduzido pelo deputado Paulo Ramos (PDT), levou os adeptos da doutrina espírita, que lotavam o plenário da Assembleia Legislativa do Rio, às lágrimas com a lembrança dos ensinamentos do mineiro de Pedro Leopoldo, morto em 2002, aos 92 anos. A solenidade pelo seu centenário contou ainda com a presença de parte do elenco do filme "Chico Xavier", que já contabiliza quase 600 mil ingressos vendidos nos três primeiros dias de exibição nos cinemas – um recorde. "Esta é, talvez, a homenagem mais importante que esta Casa sedia este ano", disse Ramos. "Não é uma homenagem ao religioso apenas, mas ao homem que incentivava e defendia a igualdade entre seus pares", discursou o pedetista.
Com um discurso pontuado por citações do médium, Átila Nunes disse que o filme recém-lançado tem o grande papel de humanizar Chico Xavier. "É a melhor coisa que poderia ser feita. Não o transforma num 'Messias', e, com isso, faz justiça e alimenta seu bem maior, que é o amor", afirmou, citando um poema do espírita ao defender o fim da intolerância religiosa. "O Ódio, que julgas ser a antítese do Amor, não é senão o próprio Amor que adoeceu gravemente", reproduziu, emocionado. Emoção também demonstrou o ator Nelson Xavier, que, no filme, interpreta o médium na maturidade. Ovacionado pelo plenário em dois momentos do evento, o veterano ator disse que se sente abençoado com o papel, "revolucionário" em sua carreira. "Eu era indiferente a este mundo que o Chico me revelou. Agora sou uma pessoa diferente. É impossível conhecê-lo sem receber tanta luz", afirmou ele, que, assim como os colegas Ângelo Antônio e Matheus Costa (respectivamente, Chico na juventude e na infância), recebeu uma moção de Aplausos e Congratulações da Casa.
"Um pouquinho de paz, essa paz que nunca foi minha", citação que encerra o filme, foi a frase escolhida pelo diretor do longa, Daniel Filho, para resumir a impressão que o filme lhe deixou. Ao agradecer pela moção que também recebeu, ele contou que inicialmente apenas produziria o filme, mas que acabou sendo "escolhido" para dirigir. "O projeto passou pelas mãos de alguns colegas. Um deles escreveu o roteiro por nove meses e depois me entregou, dizendo 'Eu tenho medo de fantasmas, Daniel'", contou o cineasta, que com o longa acaba de quebrar o recorde conquistado por outro filme dele, "Se eu fosse você 2". "O que eu fiz neste filme foi tentar não atrapalhar o sentimento que Chico Xavier transmitia. O sentimento de amor", explicou, afirmando que é esta mensagem que o público tem absorvido. "Os aplausos não têm sido para o meu filme, mas para esta mensagem", alegou, agradecendo a contribuição do vice-presidente da Sony Pictures, Vittorio Tamburini, presente na homenagem. Também homenageado, o autor da biografia que deu origem ao filme – "As vidas de Chico Xavier" – o jornalista Marcel Souto Maior definiu o lançamento do filme, e seu consequente sucesso, como um marco. "É um presente ver Chico tão belamente retratado. É um passo muito importante para o espírito do gigante", disse o jornalista, fazendo alusão a outra citação do médium.
Durante a solenidade, que também comemorava o Dia do Livro Espírita (18 de abril), foram homenagedas com moções seis editoras dedicadas ao gênero: a Federação Espírita Brasileira, o Celd, do Instituto de Cultura Espírita do Brasil (Iceb), a Fráter, a Lorenz e a editora Sociedade Pró-livros Espíritas em braile. Também estiveram presentes a diretora do Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro (Ceerj), Cristina Brito, e o vice-presidente da Rádio Rio de Janeiro, Gerson Simões Monteiro.
Fernanda Pedrosa
Diretora de Comunicação Social da Alerj
Com um discurso pontuado por citações do médium, Átila Nunes disse que o filme recém-lançado tem o grande papel de humanizar Chico Xavier. "É a melhor coisa que poderia ser feita. Não o transforma num 'Messias', e, com isso, faz justiça e alimenta seu bem maior, que é o amor", afirmou, citando um poema do espírita ao defender o fim da intolerância religiosa. "O Ódio, que julgas ser a antítese do Amor, não é senão o próprio Amor que adoeceu gravemente", reproduziu, emocionado. Emoção também demonstrou o ator Nelson Xavier, que, no filme, interpreta o médium na maturidade. Ovacionado pelo plenário em dois momentos do evento, o veterano ator disse que se sente abençoado com o papel, "revolucionário" em sua carreira. "Eu era indiferente a este mundo que o Chico me revelou. Agora sou uma pessoa diferente. É impossível conhecê-lo sem receber tanta luz", afirmou ele, que, assim como os colegas Ângelo Antônio e Matheus Costa (respectivamente, Chico na juventude e na infância), recebeu uma moção de Aplausos e Congratulações da Casa.
"Um pouquinho de paz, essa paz que nunca foi minha", citação que encerra o filme, foi a frase escolhida pelo diretor do longa, Daniel Filho, para resumir a impressão que o filme lhe deixou. Ao agradecer pela moção que também recebeu, ele contou que inicialmente apenas produziria o filme, mas que acabou sendo "escolhido" para dirigir. "O projeto passou pelas mãos de alguns colegas. Um deles escreveu o roteiro por nove meses e depois me entregou, dizendo 'Eu tenho medo de fantasmas, Daniel'", contou o cineasta, que com o longa acaba de quebrar o recorde conquistado por outro filme dele, "Se eu fosse você 2". "O que eu fiz neste filme foi tentar não atrapalhar o sentimento que Chico Xavier transmitia. O sentimento de amor", explicou, afirmando que é esta mensagem que o público tem absorvido. "Os aplausos não têm sido para o meu filme, mas para esta mensagem", alegou, agradecendo a contribuição do vice-presidente da Sony Pictures, Vittorio Tamburini, presente na homenagem. Também homenageado, o autor da biografia que deu origem ao filme – "As vidas de Chico Xavier" – o jornalista Marcel Souto Maior definiu o lançamento do filme, e seu consequente sucesso, como um marco. "É um presente ver Chico tão belamente retratado. É um passo muito importante para o espírito do gigante", disse o jornalista, fazendo alusão a outra citação do médium.
Durante a solenidade, que também comemorava o Dia do Livro Espírita (18 de abril), foram homenagedas com moções seis editoras dedicadas ao gênero: a Federação Espírita Brasileira, o Celd, do Instituto de Cultura Espírita do Brasil (Iceb), a Fráter, a Lorenz e a editora Sociedade Pró-livros Espíritas em braile. Também estiveram presentes a diretora do Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro (Ceerj), Cristina Brito, e o vice-presidente da Rádio Rio de Janeiro, Gerson Simões Monteiro.
Fernanda Pedrosa
Diretora de Comunicação Social da Alerj
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