Leopoldina - Foto do http://ferroviaeasolucao.blogspot.com
As histórias do Rio de Janeiro e do Brasil terão mais um capítulo retratado a partir de 2011, desta vez através do Museu Ferroviário Nacional. O pré-projeto de construção, que será feita no complexo ferroviário Barão de Mauá, na Leopoldina, Centro da capital, foi apresentado pelo Ministério dos Transportes e pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) à Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), em audiência pública realizada nesta quarta-feira (23/06). Para o presidente da comissão, deputado Alessandro Molon (PT), além da importância histórica, o museu ajudará na revitalização de uma área degradada. "Este é um projeto que conecta a história nacional e estadual através da história ferroviária. O Rio teve a primeira estação ferroviária do país, portanto, nada mais justo do que ser sede deste museu. Também é uma forma de recuperar a Leopoldina, trazendo mais movimento, com gente interessada em cultura", ponderou o petista.
Ouça entrevista do deputado Alessandro Molon (PT): http://alerj.posterous.com/deputado-alessandro-molon-afirma-que-museu-do
Grande incentivadora do projeto, a deputada Inês Pandeló (PT) ressaltou a necessidade de contar, também, a história dos ferroviários. Para garantir que o complexo Barão de Mauá não sofra qualquer tipo de ocupação, Inês confirmou a possibilidade de fazer uma indicação legislativa pedindo a reserva da área ao Governo estadual. "Todo aquele entorno, que faz ligação inclusive com a Quinta da Boa Vista, deve ser preservado. Vamos trabalhar junto aos governos estadual e federal para resguardar esta área para o museu", afirmou.
Ouça entrevista com a deputada Inês Pandeló (PT): http://alerj.posterous.com/deputada-ines-pandelo-pt-diz-que-comissao-ped
A tecnologia é o grande trunfo dos membros da UFSC e responsáveis pelo projeto do Museu Ferroviário Nacional, André Dutra e Maria Clara Neves, para atrair um público jovem à história de um dos meios de transporte e de comércio mais antigos do mundo. Através de um vídeo tridimensional, foram apresentados alguns pontos da construção, que terá, além de trens antigos expostos, cinema, teatro e um simulador de um trem de alta velocidade. "Uma das ideias do projeto é ter um museu virtual e uma ligação com todos os outros museus ferroviários pela internet. São recursos atraentes, trazendo uma ligação entre o clássico da cultura ferroviária e o que há de mais moderno em tecnologia", explicou Maria Clara.
Segundo o diretor de Relações Institucionais do Ministério dos Transportes, Afonso Carneiro Filho, a intenção é ter um elemento do acervo histórico de cada estação ferroviária do Brasil. Ele também pediu que, apesar de o comando do projeto ficar a cargo da Universidade Federal de Santa Catarina, o estado do Rio também participe da construção, de modo a preservar a história do entorno da estação Barão de Mauá. "É importantíssimo criarmos um acordo de cooperação técnica entre instituições como a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Sugiro a criação de um grupo de trabalho para que não deixemos passar nada dessa história", declarou. Também participaram do encontro o procurador federal Luiz Cláudio Leivas e os representantes do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Cícero Fonseca e Claudia Storino, dentre outros.
Texto: Colin Foster - via Ascom da Alerj.
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