Por César Maia em seu ex-blog, ontem:
1. Com a saída de Garotinho da disputa eleitoral no Estado do Rio, restam 2 candidatos competitivos e outros basicamente figurantes. Estes todos somados, especialmente o novo candidato do PR, muito dificilmente somarão 10%. Com isso, aumenta a possibilidade de se ter um segundo turno no primeiro turno.
2. Mas não é tão aritmeticamente simples. Cabral vem tendo 40% nas intenções de voto com uma massa de publicidade governamental nunca vista na história do Estado do Rio. Isso significa que, de partida, 60% rejeitam sua candidatura. Além disso, os 16 partidos que formam sua coligação certamente gostariam de um segundo turno, onde passam a ser mais importantes.
3. A própria percepção de vitória fácil no primeiro turno desmobiliza os candidatos a deputado, centenas e centenas, ao contrário da candidatura adversária de Gabeira, que ganha entusiasmo, pois deixa de ter como objetivo pouco mais de 20% dos votos e passa a ter como objetivo 40% dos votos, isso supondo que a eleição termine no primeiro turno.
4. Com essa possibilidade e seu estilo de campanha, uma mudança de patamar dos 15% atuais para 30% de partida gera um potencial efeito multiplicador que pode tornar o favorito absoluto em um nervoso candidato sob o risco de um segundo turno, que, se antes seria tranquilo, agora pode se tornar competitivo e indefinido.
5. Cabe ao candidato da oposição aproveitar imediatamente essa mudança de patamar inicial e cristalizar o novo patamar. Uma chance de ouro.
1. Com a saída de Garotinho da disputa eleitoral no Estado do Rio, restam 2 candidatos competitivos e outros basicamente figurantes. Estes todos somados, especialmente o novo candidato do PR, muito dificilmente somarão 10%. Com isso, aumenta a possibilidade de se ter um segundo turno no primeiro turno.
2. Mas não é tão aritmeticamente simples. Cabral vem tendo 40% nas intenções de voto com uma massa de publicidade governamental nunca vista na história do Estado do Rio. Isso significa que, de partida, 60% rejeitam sua candidatura. Além disso, os 16 partidos que formam sua coligação certamente gostariam de um segundo turno, onde passam a ser mais importantes.
3. A própria percepção de vitória fácil no primeiro turno desmobiliza os candidatos a deputado, centenas e centenas, ao contrário da candidatura adversária de Gabeira, que ganha entusiasmo, pois deixa de ter como objetivo pouco mais de 20% dos votos e passa a ter como objetivo 40% dos votos, isso supondo que a eleição termine no primeiro turno.
4. Com essa possibilidade e seu estilo de campanha, uma mudança de patamar dos 15% atuais para 30% de partida gera um potencial efeito multiplicador que pode tornar o favorito absoluto em um nervoso candidato sob o risco de um segundo turno, que, se antes seria tranquilo, agora pode se tornar competitivo e indefinido.
5. Cabe ao candidato da oposição aproveitar imediatamente essa mudança de patamar inicial e cristalizar o novo patamar. Uma chance de ouro.
Nota do Blog: a ideia de polaridade apresentada é simplesmente da ótica literal de pólos (norte e sul, ou binomial 0 ou 1). Nada tem a ver com a capacidade competitiva desses pólos, o que aparentemente não existe. É unipolar a disputa pelo governo fluminense, pois o atual governador tem ampla margem de vantagem, até mesmo em função do que explicou acima CM. É diferente da disputa entre Dilma Rousseff e José Serra, por exemplo.
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