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segunda-feira, 28 de março de 2011

MORRO DO BUMBA

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Foto do Jornal Extra

O que ocorreu no Morro do Bumba, em Niterói, chocou a todos os niteroienses e moradores da cidade, bem como a todos que assistiram pela televisão a tragédia de uma população que vivia há anos sobre o lixo.
Divulgamos há poucos dias informativo da Secretaria Estadual de Obras do RJ, que dá conta de que o Morro do Bumba e o Morro do Céu somam mais de 300 mil metros quadrados."Os dois locais, onde durante anos toneladas de lixo foram depositadas a céu aberto sem preocupação com o meio ambiente", diz o informativo, tiveram concluídas pelo governo do estado as obras de recuperação e contenção nos morros.
O blogueiro Herval Júnior, à época da tragédia transcreveu em seu blogue uma matéria do Jornal "O Globo", abaixo alguns trechos:

O Morro do Bumba surgiu em cima do lixão que funcionou entre 1970 e 86. No final do governo de Wellington Moreira Franco(PMDB), a prefeitura tentou usar o aterro sanitário do Engenho Pequeno, em São Gonçalo, onde o município investiu, na época, R$ 600 mil. Mas a comunidade local reagiu e, por dois anos, o lixo foi depositado em Gramacho, Duque de Caxias.
Ex-prefeito de Niterói entre 1983 e 1988, que assumiu o governo um ano após a desativação do lixão do Morro do Bumba, o médico Waldernir Bragança(PDT), conta que proibiu totalmente a ocupação. Segundo ele, depois a fiscalização afrouxou e alguns barracos começaram a ser erguidos.
Foi no Morro do Bumba que a Cedae, no governo Leonel Brizola, fez sua primeira grande obra de saneamento em Niterói, levando para o local, de helicóptero, uma grande caixa d'água para atender aos moradores. Logo depois, Brizola (que virou nome de rua no local) levou para o Bumba o programa Uma Luz na Escuridão. Mais tarde, a prefeitura construiu uma escola municipal e levou para a comunidade o programa Médico de Família. O local ganhou uma grande quadra poliesportiva, uma creche e outros equipamentos públicos.
Instala-se assim, com o consentimento das autoridades uma verdadeira comunidade, atendida por serviços públicos, sobre um lixão.
No blogue do campista você terá acesso ao inteiro teor da matéria que mostra o descaso das autoridades com a população e ainda um vídeo.
Volto agora ao informativo recebido pela secretaria de obras do estado que informou ainda: 
Os trabalhos também incluíram a retirada de 86 mil toneladas de escombros e lixo, implantação de sistema de drenagem de nascentes, de águas de chuva e chorume, que é enviado para a estação de tratamento da prefeitura, plantio de árvores e grama, além da demolição de 180 residências instaladas em áreas de risco. Também foram construídas uma praça e áreas de lazer, e instalada uma cerca para evitar ocupações futuras.
Depreendo daí, que sobre o lixão não haverá mais moradores. Certo?

Para abrigar os moradores que perderam suas moradias durante a tragédia, o governo do estado está construindo 180 unidades habitacionais no bairro Viçoso Jardim, próximo ao Bumba, com conclusão prevista para junho próximo. Atualmente, as famílias estão recebendo aluguel social, com recursos do Estado. Além disso, ainda em abril do ano passado, o governo estadual entregou 93 apartamentos, localizados na Estrada Velha de Maricá, em Niterói, para desabrigados do Bumba. Foram investidos mais de R$ 4,6 milhões na compra das moradias, inseridas no programa Minha Casa, Minha Vida. 
O recebimento de aluguel social em Niterói tem sido outra confusão, vide matéria do jornal local, "O Fluminense", AQUI.
Visitei recentemente uma localidade próxima à estrada que vai para Maricá e um morador me explicou que os inúmeros prédios que estavam sendo construídos eram do programa "Minha Casa, Minha Vida" e iriam abrigar os desabrigados do Morro do Céu e do Morro do Bumba. A obra é aparentemente bonita, mas moradores disseram que estão preocupados com a chegada de tantos moradores ao mesmo tempo. Se são 180 unidades habitacionais, como diz o informativo, serão pelo menos mais de 500 pessoas. De qualquer maneira, os moradores são unânimes em dizer que a obra está ficando bonita. Outra preocupação que me foi relatada diz respeito à falta de contenção, pois a obra está sendo feita em um lugar aterrado (?), no que aparece uma elevação sem contenção, com terra, que pode gerar prejuízos aos que moram logo abaixo. 
Apenas registro essas considerações para que haja o esclarecimento, não com o intuito de criticar o governo estadual, até porque estão cumprindo o seu papel, pelo que foi demonstrado.

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