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sábado, 7 de maio de 2011

O IDH-M DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO NOROESTE FLUMINENSE

O IDH - Índice de Desenvolvimento Humano

O objetivo da elaboração do Índice de Desenvolvimento Humano é oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Criado por Mahbub ul Haq, economista paquistanês,  com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano. Não abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da "felicidade" das pessoas, nem indica "o melhor lugar no mundo para se viver".
Além de computar o PIB per capita, depois de corrigi-lo pelo poder de compra da moeda de cada país, o IDH também leva em conta dois outros componentes: a longevidade e a educação. Para aferir a longevidade, o indicador utiliza números de expectativa de vida ao nascer. O item educação é avaliado pelo índice de analfabetismo e pela taxa de matrícula em todos os níveis de ensino. A renda é mensurada pelo PIB per capita, em dólar PPC (paridade do poder de compra, que elimina as diferenças de custo de vida entre os países). Essas três dimensões têm a mesma importância no índice, que varia de zero a um.
Apesar de ter sido publicado pela primeira vez em 1990, o índice foi recalculado para os anos anteriores, a partir de 1975. Aos poucos, o IDH tornou-se referência mundial. É um índice-chave dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas e, no Brasil, tem sido utilizado pelo governo federal e por administrações o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), que pode ser consultado noAtlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, um banco de dados eletrônico com informações sócio-econômicas sobre os 5.507 municípios do país, os 26 Estados e o Distrito Federal.

Dados de 2000 
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A imagem acima mostra o mapa do estado do Rio de Janeiro e as cores, conforme legenda, referem-se à faixa de IDH-M dos municípios.


Como se pode observar a região Noroeste fluminense está colorida de vermelho e laranja, com exceção de Itaperuna em verde e Aperibé, Itaocara e Santo Antônio de Pádua em amarelo, que refere-se a um IDH-M médio no estado.Os outros 9 municípios da região estão nas duas faixas de menor IDH-M do estado do Rio de Janeiro. O mapa foi retirado do Atlas supracitado, no sítio da ONU (PNUD). Os dados referem-se ao ano 2000.


Dados de 1991

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O que esse mapa e os dados do ano de 1991 mostram, extraídos da mesma fonte supracitada, é que não houve muita alteração. Permanece o município pólo do Noroeste fluminense, Itaperuna, na cor verde, Itaocara, Aperibé e Santo Antônio de Pádua, cidade pólo da 2ª microrregião, em amarelo, o que corresponde a faixa média do estado do Rio de Janeiro e os demais em vermelho e laranja, nas faixas inferiores. A única diferença concreta refere-se ao município de Italva, que em 1991 encontrava-se na faixa laranja e em 2000 caiu para a faixa mais baixa, representada pela cor vermelha.
O que isso demonstra é que a região noroeste fluminense tem a maior parte dos municípios enquadrada nas menores faixas de IDH-M do Estado do Rio de Janeiro, salvo Itaperuna e os outros 3 municípios na faixa média.
Abaixo a legenda do mapa de 1991 mais nítida.


Isso também reforça a tese de que a região Noroeste fluminense criada em 1987, por desmembramento da região Norte fluminense, tem baixos índices de desenvolvimento humano conforme dados de 20 anos passados (1991) e de anos atrás (2000).

Segundo dados divulgados pelo TCE-RJ, em estudo sócio-econômico do município de Miracema-RJ, 1997 a 2001: "Miracema apresentou a seguinte evolução no IDH-M, de acordo com os censos de 1970, 1980 e 1991, respectivamente: 0,585 / 0,604 / 0,624." Já os dados divulgados pelo PNUD, no mesmo mapa onde pesquisamos e colhemos os mapas temáticos supracitados, consta o seguinte: o IDH-M de Miracema nos anos de 1991 e 2000, respectivamente, foram 0,669 e 0,733. Já que a polêmica da matéria do jornal O Globo é que está em pauta, decidimos destacar esses dados.

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