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sábado, 6 de maio de 2023

MALBA TAHAN E O MONUMENTO À MATEMÁTICA EM ITAOCARA

Julio Cesar de Mello e Souza nasceu no Rio de Janeiro no dia 6 de maio de 1895. Passou sua infância na cidade de Queluz, às margens do Rio Paraíba, junto à divisa com o Estado do Rio de Janeiro, em São Paulo. Teve oito irmãos. Cursou o ensino fundamental e médio nos Colégios Militar e Pedro II no Rio de Janeiro. Formou-se professor pela Escola Normal e depois engenheiro pela Escola Nacional de Engenharia. Lecionou em diversos estabelecimentos de ensino como o Colégio Mello e Souza, o Colégio Pedro II, a Escola Normal e a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Casou-se com Nair Marques da Costa com quem teve três filhos. Criou a mistificação literária que chamou Malba Tahan, através da qual publicou inúmeras obras entre as quais o célebre “O homem que calculava”. Assinando como Malba Tahan ou como Prof. Mello e Souza, escreveu diversos livros de didática e ensino de Matemática. Foi principalmente arauto e precursor de uma nova forma de ensinar a Matemática, como também o mais destacado popularizador da disciplina. Durante muitos anos, ninguém imaginava que o Prof. Mello e Souza era Malba Tahan, o famoso autor árabe que se fazia presente em livros, jornais e revistas em todo país. Júlio Cesar faleceu em Recife, no dia 18 de Junho de 1974, aos 79 anos, quando ministrava um curso para professores. Em 2013, o Governo do Brasil instituiu, em sua homenagem, o Dia Nacional da Matemática, na data de seu nascimento.

Biografia do Acervo Malba Tahan que é administrado pelo Centro de Memória da Educação da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, desde 2010. Disponível em: https://malbatahan.com.br/ .

O que mobilizou essa postagem foi a leitura que fiz num site de história sobre o autor do famoso livro "O Homem Que Calculava". Coincidentemente, durante a semana esse livro foi citado numa roda de conversa. Então, me lembrei de contar que o li com muito interesse aos 15 anos de idade. 

Quem me indicou o livro foi o meu saudoso e ilustrado Professor José João Felicíssimo de Souza, que tinha paixão por Matemática. Citou na aula e logo depois encontrei o livro numa das estantes da minha avó-materna. 

Durante a leitura, impulsionada pelo peregrino persa que acodia a todos pelo caminho com a solução dos problemas por meio da lógica matemática, pensava que Malba Tahan fosse também um persa, ou árabe.  O personagem instigante era o calculista persa Beremiz Samir, o cenário era a Bagdá do século XIII. Foi publicado pela primeira vez em 1938 e teve pelo menos 90 edições.

Com o passar do tempo, tomei conhecimento que o autor do livro esteve em Miracema, numa ocasião. Isso me chamou a atenção e lendo algumas das bibliografias disponíveis sobre a região e a cidade de Miracema, descubro que o autor é brasileiro, como mostrado na pequena biografia acima. É bem provável que a visita de Malba Tahan à região tenha ocorrido por conta da inauguração do monumento à Matemática, em Itaocara.

O livro é instigante, sobretudo para aqueles que curtem a Matemática. Para os demais, pode ser interessante e despertar curiosidade sobre a ciência exata. Recomendo!

Na época em que conheci o livro a capa era exatamente a da fotografia.

Foto: Cris Isidoro / Diadorim Ideias.

Em 1943, segundo o Mapa de Cultura do RJ, "o jovem prefeito de Itaocara, Carlos Moacyr de Faria Souto, 19 anos, mandou construir um monumento que homenageasse a 'Rainha das Ciências'". 

Para executar sua ideia dirigiu-se ao Rio de Janeiro e encomendou ao professor Júlio César de Mello e Souza, da Escola Nacional de Belas Artes da Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Malba Tahan promoveu um concurso para a escolha do melhor projeto entre seus alunos. O vencedor foi Godofredo Formenti e o construtor, Italarico Alves, morador de Itaocara. 

O monumento é constituído por duas pirâmides hexagonais entrelaçadas, que simbolizam a integração entre as civilizações orientais que floresceram no Vale do Rio Nilo - fenícios, caldeus, persas, hebreus, árabes e chineses - e os povos modernos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Amei conhecer esta história Tbem achava que era árabe

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