O erro de Serra é ser indeciso e grosseiramente pragmático. Mas ele sinalizou algo que todos analistas políticos já vaticinaram: o DEM (ex-Arena e ex-PFL) acabou ou está em vias de fechar as portas. Dificilmente chega às próximas eleições municipais. A tendência é uma reestruturação geral do sistema partidário brasileiro. Já noticiei as conversas para criação de um novo partido envolvendo os democratas, parte dos tucanos não paulistas e pequenos partidos. Luis Nassif sugere que os pequenos partidos formarão pequenos blocos nas extremidades do espectro ideológico. Se estiver certo, PMDB, PT e PSDB se aproximam, ao centro. Se o boato de formação deste novo partido for verdadeiro, a polarização PT/PSDB continuará por mais um período, tendo o PV de Marina Silva correndo por fora. O novo partido deverá agregar outras agremiações significativas, como o PPS. Este - o PPS - é um partido que me intriga. Aliou-se de tal maneira ao serrismo que se tornou linha auxiliar dos tucanos paulistas. Acredito que mereceria outro destino, mais independente, pelo passado que carrega. PSB e PDT fizeram tanta algazarra que começam a caminhar nas trilhas do PPS.
Enfim, as opções partidárias representam mais grupos de interesses que reflexo do pensamento político ou ideais disseminados na sociedade brasileira. Os partidos nunca estiveram tão longe da política real como hoje. São ficções, do ponto de vista da representação social. Representam a si mesmos.
Enfim, as opções partidárias representam mais grupos de interesses que reflexo do pensamento político ou ideais disseminados na sociedade brasileira. Os partidos nunca estiveram tão longe da política real como hoje. São ficções, do ponto de vista da representação social. Representam a si mesmos.
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