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terça-feira, 17 de maio de 2011

CENSO 2010 APONTA CONTRASTE NA POPULAÇÃO DO N FLUMINENSE



O último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado entre agosto e outubro do ano passado em todo o território nacional, mostrou a nova configuração do Brasil em termos populacionais. O Censo 2010 apontou o crescimento da população de Campos, São João da Barra e Macaé, e a estagnação nessa mesma escala em São Fidélis, São Francisco de Itabapoana e Cardoso Moreira. Macaé obteve a maior média do Norte Fluminense, com 55% nos últimos 10 anos.
A população atual de São João da Barra é de 32.747 habitantes, área de 455 km², menor que Cardoso Moreira, que possui 524 km². O secretário de Planejamento do município, Victor de Aquino, disse que a construção do Porto do Açu ainda não alterou os dados registrados durante o recenseamento porque não houve ainda uma mudança significativa.
— São duas mil pessoas trabalhando na construção do Porto do Açu, sendo mil de São João da Barra, o que ainda não mostra as mudanças previstas nos próximos dois anos. A Prefeitura está em um estágio de preparação para o aumento populacional que deve ocorrer com a implantação do estaleiro a partir de 2013. A estimativa é de sejam gerados 11 mil empregos diretos e 12 mil indiretos. Isso pode trazer para a região cerca de 80 mil pessoas — projetou Aquino.
Esse pólo a ser construído em torno do Porto do Açu vai repercutir também na extensão de outros setores que precisarão ser implantados para dar suporte à população prevista para se instalar no município. Isso deve mudar, inclusive, uma característica de São João da Barra: a atração de turistas, principalmente para Atafona e Grussaí.
Conforme o Censo 2010, do total de 23.618 domicílios recenseados no município, 10.461 são para uso ocasional, ou seja, veraneio. O número é próximo ao que foi constatado em Campos — 10.541 — de um universo de 174.259 domicílios checados.
Para Victor de Aquino, São João da Barra se transformará em uma espécie de Barra da Tijuca. Segundo ele, nas décadas de 1980 e 1990 houve migração da população de algumas áreas da zona sul carioca para o bairro em crescimento. Isso deve se repetir em São João da Barra. “Acredito que Atafona e Grussaí vão crescer vertiginosamente. A população campista que possui casa de veraneio em São João da Barra vai acabar se instalando de vez”, disse.

Crescimento — Desde o censo 2000, as populações dos municípios de Campos e de São João da Barra cresceram aproximadamente 13% e 18%, respectivamente, até o levantamento realizado no ano passado. Em contrapartida, Cardoso Moreira, no que tange ao crescimento populacional, está estagnado, já que no Censo 2000 a população era de 12.595 e, 10 anos depois, o IBGE constatou apenas cinco habitantes a mais. Isso se repete em São Fidélis e em São Francisco.
Para o chefe da agência do IBGE em Campos, Alan Aziz, houve uma migração de parte da população ao longo da primeira década dos anos 2000 para a região dos Lagos, especificamente para o município de Rio das Ostras. “O crescimento da construção civil em Rio das Ostras pode ter atraído a população de Cardoso Moreira, São Francisco de Itabapoana e São Fidélis”, disse.

Números — No Censo de 2007, a população de São Fidélis era de 37.477 habitantes e em 2010, 37.543. Já São Francisco de Itabapoana em 2007 tinha 44.475 habitantes e três anos depois o número diminuiu para 41.354.

Cidac: mais qualidade de vida na cidade

O gerente do Centro de Informações e Dados de Campos (Cidac), Ranulfo Vidigal, disse que fazendo uma análise dos últimos 10 anos, desde o Censo 2000 até o realizado no ano passado, pouca coisa mudou na fisionomia econômica da região, com exceção de Macaé, que, segundo ele, se transformou em um pólo de apoio às plataformas. Porém, isso não teria significado uma melhoria na qualidade de vida da população local.
Ao fazer a comparação com Campos, Ranulfo destacou que, em contrapartida, este município, apesar de apresentado pouco dinamismo econômico, teve melhorias na qualidade de vida e salientou o crescimento do setor de serviços.
— Houve o desenvolvimento dos serviços públicos e privados na área da saúde, o fomento à cultura e ao lazer e a sustentação de um pólo universitário de ponta, que é a Universidade Estadual do Norte Fluminense — disse.
Apesar disso, ele ressaltou problemas em Campos que devem ser solucionados no que tange a logística. O gerente do Cidac citou dois do que considera “problemas potenciais seríssimos”: o contingente de veículos e a formalização do trabalhador. “Há cerca de 170 mil veículos trafegando na cidade. Sobre os trabalhadores, a população ativa está em torno de 250 mil pessoas, sendo metade contratada formalmente. São questões para as quais o município precisa estar preparado”, disse.
Por fim, Ranulfo acredita que os municípios devem ser pensados em termos regionais, como uma “grande Ompetro”.

Do Noroeste on line.

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