O jornalista Elizeu Pires publicou em sua página hoje (09) matéria intitulada "Miracema não revela valor recebido pela venda da Cedae, muito menos o que está fazendo com o dinheiro repassado pelo governo estadual". A matéria dá conta da falta de transparência do prefeito municipal de Miracema com as contas públicas.
Pires afirma que "os dados sobre a receita em geral são precários, pois os números registrados no que a administração municipal tem coragem de chamar de Portal da Transparência estão muito distantes da realidade".
Diz a matéria:Quem busca por informações no site oficial do município constata que de uma receita líquida estimada em R$ 140,5 milhões para o exercício de 2022, a Prefeitura informa uma arrecadação líquida de somente R$ 16.916.490,00 no período consultado de 1º de janeiro a 9 de agosto, quando, já se sabe, já entraram nos cofres da municipalidade bem mais que a metade da arrecadação prevista para este ano, fora o repasse que o estado fez pela venda da Cedae.Pela planilha divulgada pelo estado em 2021, o município de Miracema tem direito ao total de R$ 22.339.480.21 divididos em três parcelas, sendo que a primeira, no valor de R$ 14.520.662.14 foi paga no final do passado. Agendada para este ano, a segunda é de R$ 3.350.922.03, enquanto a quarta, de R$ 4.467.896.04, deverá ser quitada até 2025.
Embora o sistema da Prefeitura mostre uma receita líquida de menos de R$ 17 milhões até agora, só em repasses constitucionais o município recebeu entre 1º de janeiro e 31 de julho R$ 46,6. Segundo revela o Demonstrativo de Distribuição da Arrecadação, ferramenta do Sistema de Informações Banco do Brasil (SISBB), a gestão de Clovis Tostes recebeu este ano R$ 6.240.538,38 em janeiro, R$ 7.224.965,93 em fevereiro, R$ 5.957.109,80 em março, R$ 6.088.466,68 em abril, R$ 7.479.819,64 em maio, R$ 6.386.617,12 em junho e em R$ 7.248.050,42 julho.
O blogue tem tratado do tema permanentemente. A falta de transparência, não só com as contas públicas, mas de outras formas, é gritante na cidade tanto no Executivo quanto no Legislativo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário