O ex-governador do estado do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, assina um artigo no jornal Agora, que trata de tema de suma importância para a sociedade brasileira. A cultura consumista instalada há anos em nossa sociedade, foi há pouco tempo também aplaudida por ter contribuído com a superação da crise financeira mundial por parte do Brasil. O estímulo ao crédito, ao consumo, a redução de impostos foram fatores e instrumentos utilizados para fazer com o que o país saísse da crise rapidamente. Especialistas apontam novos riscos em horizonte não muito distante, mas essa cultura consumista poderá não funcionar mais. A poupança da sociedade brasileira poderá ser necessária para garantir os investimentos. O problema está na falta de cultura de poupança, diferente da China e de países centrais. Leia aqui o artigo e entenda o porquê da necessidade de poupança.
Um comentário:
Amiga Angeline
Enfim parece que estamos despertando ao óvio, ou seja que o verdadeiro progresso não está no consumo, mas sim no investimento e este só se faz com poupação e não com consumimos.
O crédito ao consumo é um forte estímulo para que se gaste muito mais com custeio do que com investimento. Gera uma grande senção de progresso principalmente ao comércio, ao setor financeiro e consequentemente aos cofres públicos, alavancando o sucesso eleitoral de quem está no poder.
A médio e longo prazo é um desastre, pois tem que ser pago, mesmo que não se tenha condições para isto. Para se safar, de imediato, o devedor apela para créditos cada vez mais caro, caindo até nas mãos de inescrupulosos agiotas. Acaba lhes vendendo até a alma. Ai jogam a culpa no sistema financeiro, que não absolve os penduras, que não são poucos. Logo os bons pagodores têm que pagar pelos caloteiros, inevitavelmente. Em cima de tudo isto mais impostos.
A poupança do povo brasileiro é ridícula diante do que devaria ser. Sem ela não há como fazer crédito. Logo, de acordo com a lei da oferta e da procura, os juros acabam altos. A estes há que se acrescentar a ciranda financeira.
Para muitos grupos comerciais o lucro é mais interessante no negócio financeiro do que propriamente no comercial. E ainda dizem que vendem em parcelas com taxa zéro. E têm os idiotas que acreditam nisto.
Salvo situações emergenciais, o consumo fica muito mais barato, se em lugar de comprar a prazo, se poupar a prazo, mesmo que seja na caderneta de poupança, para se comprar a vista, portanto sem juros etc. Claro que nas condições atuais os empresários fogem disto como o diabo foge da cruz.
Obviamente comprar um imóvel é investimento e não consumo, portanto, uma forma de poupança, mesmo que financiada. Todavia deve ser bem avaliada pelo custeio que exigirá, pelos juros a serem pagos e pelo comprometimento da receita.
O mesmo não é o caso de um veiculo de passeio. É puro consumo. Em geral uma família a sustentar.
Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.
Postar um comentário